Capítulo 11

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- bella.

Me jogo no colchão, o que fiz?

Malditas algemas, quero ir atrás dela, sinto que o que fiz foi errado, como pude não perceber que ela era virgem? É inocente e recatada, mas o jeito como fica ao meu toque não me deu indícios de ser o seu primeiro.

Sua paixão, o jeito como se entregou, Dio, acho que vou enlouquecer, estou fora de controle, totalmente.

Peguei o celular dela e agora estou péssimo com isso também, mas preciso sair daqui, logo. Tenho que ter ela do meu jeito. Nem consigo acreditar que tenha gozado tão rápido, mas estava tão apertado e quando rompi sua barreira, não tive como segurar.

Pego o celular, não tinha senha, como pode ser tão imprudente? Não é possível isso. Ela sempre me surpreende. Dígito os números e aguardo.

_Giovani.

_Graças un deus. _Ouço ele dizer do outro lado. _Estamos no Brasil, quando não retornou viemos. _Falamos em italiano.

_Estou no hospital, sob custódia da polícia brasileira, precisa me tirar daqui, rápido. _Giovani é meu braço direito, serei grato por agir tão depressa, informo o nome do hospital.

_Quantos seguranças? _Escuto ele preparar a pistola. _Vamos agora.

_Não. _Ela ainda está aqui, não posso arriscar que seja ferida em um possível confronto. _Venha a noite.

_Sim chefe, vou providenciar tudo.

_Ainda não estou cem por cento, providencie um lugar pra ficarmos por mais alguns dias. _Anota minhas exigências. Assim que estiver instalado mandarei buscá-la, vai me odiar de início, mas tenho certeza que vai gostar da minha proposta.

Desligo o aparelho. Será minha amante, minha preferida, Dio, como a quero, está no intervalo agora e estou ansioso pelo seu retorno.

O segurança entra e algema minha mão livre, infeliz, se estivesse com minha pistola aqui ele veria só, não, não posso matar ele, ela gosta deles, mas isso também me faz desejar acabar com suas vidinhas miseráveis.

As horas passam e nada. Onde essa mulher se enfiou? Quando chega a hora do fim do expediente eu fico puto, ela não veio, fugiu de mim.

Caspita!

Praguejo mil vezes, que mulherzinha escorregadia, espere só até eu estar fora daqui Viviane, você não vai escapar tão facilmente.

Fico preparado, podem chegar a qualquer momento, eles podem fazer isso sem baixas, ou podem botar tudo abaixo, não mediriam esforços.

A porta abre, e os seguranças são arrastados para dentro.

- Chefe, temos um minuto. _Giovani está sozinho, ele é o melhor em se infiltrar, abre as algemas e me entrega uma roupa, visto rapidamente, praguejando ao sentir um pouco de dor em meu peito, uso um boné e saímos.

Foi muito fácil, mas agora estou sem fôlego e com dor, se esgueira e correr não era o que eu podia fazer agora. Pego celular de Viviane, retiro o chip e jogo o aparelho pela janela do carro em movimento.

_Preciso de um médico. _Aviso.

- Ja temos um aguardando no esconderijo. _Giovani dirige com calma. Um outro carro nos segue são os gêmeos Rossi, mercenários que trabalham para mim a mais de cinco anos.

_Me de seu celular, preciso que André localize uma pessoa pra mim. _Me entrega o iPhone e eu mando uma mensagem para André.

Mancini: Descubra o endereço de Viviane Santos.

André: Esse é um nome muito comum, tem mais alguma informação?

Dígito o nome do hospital e envio. Massageio meu peito lentamente. Sinto vontade de vomitar, estamos rodando a mais de trinta minutos e me sinto fraco.

_Chefe, o que aconteceu? _Giovani pergunta. _Quem atirou em você?

_Não sei, eu não lembro, mas Alessandro está morto. _Demoro um pouco para dizer isso. Olho a tela do celular a cada segundo, nada de uma resposta com o endereço dela.

_Foi uma armadilha? _Giovani insiste.

_Irei descobrir isso assim que estiver me sentindo melhor. _Levar um tiro é uma merda. _Falta muito?

_Mais uma hora de viagem.

_Pare o carro. _Ele encosta, eu abro a porta e vômito.

_Chefe. _Vomito minhas entranhas, ou tenho impressão de ter feito isso.

_Estou bem. _Mas não sinto isso, muito esforço num único dia, acho que perderei os sentidos a qualquer momento. Giovani sai, me empurra pra dentro do carro e volta a dirigir.

_Melhor vomitar dentro do carro, assim não paramos, quanto antes chegarmos no esconderijo melhor, não vai demorar para descobrirem que fugiu do hospital. _Mais essa, polícia maldita. Me recosto e tento controlar a ânsia e tontura.

Minha mãos tremendo, procuro o celular tateando pelo banco. Nada.

_Derrubei a merda do celular. _Fecho minha mão em punho.

_Estamos quase chegando, aguente só mais um pouco. _Preciso buscar ela hoje, amanhã tudo vai estar um inferno.

Fecho meus olhos e respiro fundo, maldito tiro no peito, preciso descontar minha raiva em alguém, mas nem forças tenho agora. Estou impotente, com a guarda baixa, sou uma presa fácil.

Viviane, Viviane, Viviane. Repito seu nome mil vezes em minha mente. Por que tem que ser tão escorregadia? Por que não pode ser como as outras?

Vou usá-la até me fartar, cobrir seu corpo com jóias e as melhores peças de roupa que o dinheiro pode comprar, só pra ter o prazer de arrancar e foder com ela, com toda intensidade que eu desejo.

Aquele rosto pequeno, aqueles lábios perfeitos, tudo nela me faz querer mais, será que estou apaixonado pela bella? Dio santo! O que eu sinto agora, nem chega aos pés do que eu achava que sentia por Bianca, agora sei que era só sexo, simples e puro.

O carro sacoleja tanto, que agora minha cabeça também parece que vai explodir dentro do meu crânio. Que merda de esconderijo é esse? Não estamos mais numa rodovia, agora o carro corre por uma estrada de terra.

_Vai devagar Giovanni. _Praguejo, segurando com força o estofado do banco do carro.

_Essa pista às vezes tem movimento de outros carros, não quero correr o risco de sermos vistos chegando. _Luto para manter minha consciência, preciso chegar ao esconderijo e ligar para André.

Mas sinto que estou suando frio, minha respiração ficando mais difícil, quando avisto a mansão minha mente apaga.

[DEGUSTAÇÃO] PERIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora