POV - VICTOR
Esse é definitivamente o pior dia da minha vida! Tudo estava indo bem, eu faria o teste para o time de futebol americano e com certeza conseguiria ser o quarterback do time, ganharia aquelas jaquetas maneiras e todos me respeitariam na escola toda, sem contar que a Ashley, a líder de torcida, está caidinha por mim. Tudo estava saindo como eu queria, até que eu recebi uma péssima notícia pela manhã, antes de sair de casa para a escola.
*Flashback On:*
— Filho, eu tenho uma notícia ruim para te dar — disse meu pai assim que eu desci para tomar café da manhã na nossa pequena sala de jantar com uma singela mesa de dezoito cadeiras.
Ele estava mais sério que o normal e então eu pensei logo no pior.— O que foi pai? Não me diga que não vamos mais para o Caribe nas férias... — Isso seria terrível! Eu detestaria ter que passar as férias inteiras nas Barramas.
— Bom, na verdade o assunto também vai atingir nossa viagem de férias, mas não é só isso.
— Fala logo, pai! Está me deixando curioso com tanto mistério.
— Filho, o mundo dos negócios é como uma montanha russa: um dia você está no topo e no outro você está caindo. — Meu pai é CEO de uma grande empresa da Wall Street e quer que eu siga os mesmos passos dele, por isso sempre fica me dizendo como funciona o mundo dos negócios. Um papo meio chato. — E neste momento, nós estamos no fundo do poço e cavando...
— O que isso significa, pai? — perguntei nervoso, tentando entender onde ele queria chegar.
— Nós estamos falidos, filho. Temos apenas algumas reservas no banco e por isso vou precisar cortar a sua mesada de mil dólares por semana para pagar as dívidas da empresa.
— O QUE??? Você não pode fazer isso comigo, pai. O que vão falar na escola quando souberem?
— Sinto muito, filho. Mas você não precisa contar nada para os seus amigos, eles não precisam saber da verdade.
*Flashback Off*
Eu estava lembrando da conversa que tive com meu pai enquanto eu caminhava até a entrada da escola, distraído e pensando em como conseguir dinheiro para levar a Ashley para tomar milk-shake quando tropecei em alguma coisa. Ou melhor, em alguém. Quando vi, a garota já estava no chão e gritando comigo mandando eu prestar atenção.
— Olha por onde anda sua duende.
Olhei bem para o rosto daquela garota que tinha os cabelos longos e meio loiros, pele muito branca, apenas mais uma garota comum e impopular, mas o que me chamou atenção foram aqueles olhos verde azulados que eu já havia visto em algum lugar, só não me lembrava de onde.
Depois de me apresentar e ajudar a pobre infeliz a levantar da grama, lembrei de onde a conhecia: era a garota que sentou do meu lado no avião. Sempre que lembro daquela viagem fico triste, pois foi lá que perdi meus fones de ouvido preferidos...
— Já que nos conhecemos formalmente, posso te levar para conhecer a escola, Sophia?
Eu adorava ver a cara de surpresa que as garotas novatas faziam quando eu convidava elas para conhecer a escola e, como todas as outras, Sophia mal conseguiu responder ao convite e disse só um “ok” quase inaudível. Eu teria mesmo mostrado a escola pra novata, mas a Ashley acabou me lembrando que eu iria fazer o teste do time de futebol.
Chegando no campo onde aconteceriam os testes, encontrei meus amigos que começaram a zoar com a minha cara.
— Victor é o maior Don Juan, já conquistou a garota novata — disse Mathew, meu melhor amigo de infância.
— Claro que não, só tropecei nela.
— Ah, não vem com essa! — falou Will, outro amigo que também faria o teste para entrar no time. — A gente viu como ela olhava pra você. Com certeza agora vai achar que você é o príncipe encantado dela.
Todos caíram na gargalhada, menos Ash e suas amigas, que estavam com cara de poucos amigas por causa daquela conversa. Eu não podia perder a Ashley, precisava manter, pelo menos, a fama de popular na escola, já que minha vida está arruinada com a falência da empresa da família.
— Acho bom você deixar bem claro para aquela garota sem graça que ela não tem nenhuma chance — disse Ash me fuzilando com o olhar.
— Não se preocupe, eu só tenho olhos pra você — disse e beijei sua bochecha, mas ela não pareceu satisfeita. — O que quer que eu faça para te provar isso?
— Quero que você humilhe ela na frente da escola toda — Ashley falou com um sorriso maligno nos lábios.
— Ah! Eu apostaria toda a minha mesada para ver isso — disse Will esfregando as mãos em expectativa.
Era isso! Uma aposta seria a minha saída da miséria. Como eu não pensei nisso antes? E eu só preciso fazer a novata passar vergonha. Fácil, fácil!
— Eu topo essa aposta! — falei para Will.
Na hora do almoço, após o teste para o time de futebol americano, e é claro que consegui uma vaga, fomos até o refeitório colocar nosso plano em ação. Nos sentamos em uma mesa em um ponto estratégico. Pouco tempo depois, vimos Sophia caminhar em direção a uma mesa de alunos impopulares, então quando ela passou perto da nossa mesa, Ashley colocou o pé na frente de Sophia, que caiu feito uma jaca madura no meio do refeitório e a escola inteira assistiu. Então eu fingir que ia ajuda-la e depois eu a fiz se sentir um lixo.
Confesso que fiquei com um pouco de pena quando vi aquela pobre infeliz sair chorando e correndo do refeitório, mas tudo passou quando o Will me pagou o valor da aposta: toda a sua mesada.
— E então, qual a próxima aposta? — perguntei confiante de que conseguiria fazer tudo que eles me desafiassem.
***
Oh, céus! Qual será a próxima aposta?
O que será que o destino reserva para a nossa pobre menina rica?! 😢E quem mais quer esganar a Ashley?!
Conta aqui o que está achando do nosso clichê dos clichês! E não esqueça de votar na estrelinha se estiver gostando!
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A Cristã e o Bad Boy Americano: Da Aposta ao Contrato
HumorPrepare-se para o maior clichê cristão de todos os tempos! Esse livro é uma brincadeira com os livros do gênero do Wattpad. É uma crítica e uma homenagem aos clichês que tanto amamos (e fazem sucesso). É sátira, humor exagerado! Não leve tudo a séri...