Capítulo 21: Ao Resgate -Parte 2

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O plano era simples. Hiccup ia pegar o trem e iria até a sua cidade, lá, ele ia pegar um ônibus que iria da estação de trem  até o ponto mais próximo do canil e pegaria seu cachorro de volta.

Ele pegou sua blusa de frio mais quente e a vestiu, ele olhou para o canto da janela onde sua mochila estava. Ele pegou-a em mãos; abriu rapidamente o zíper e virando a mochila de cabeça para baixo jogou todo o seu material escolar no chão, ele caminhou até o armário pegou uns dois casacos e colocou-os na mochila. Hiccup não precisaria de muita coisa, afinal, o que ia fazer era uma simples missão de resgate, ele abaixou-se e pegou sua lanterna embaixo da cama e a colocou na mochila.

Ele fechou o zíper e colocou a mochila nas costas.

Passo a passo Hiccup desceu até metade da escada, agarrou firmemente no corrimão e com um salto preciso, se jogou da escada, a queda fez tanto barulho que Stoico saiu da cozinha para ver o que houve.

— Filho, esta tudo bem??

O jovem ajeitou a camisa sem pronunciar uma palavra se quer, ele segurou as alças da mochila com raiva e passou pelo pai sem olha-lo nos olhos, a seguir foi até o armário da cozinha e pegando dois pães de forma os colocou na torradeira. Stoico ficou parado apenas observando.

— Eu já fiz o seu café.— disse ele finalmente após ouvir o som da torradeira e vê-la jogar as torradas para fora.

Hiccup pegou as torradas e as colocou em um prato, depois dirigiu-se até a geladeira , pegou a caixa de leite; foi até o armário novamente e pegou uma caneca, derramou o leite enchendo a caneca até a boca e depois disso pôs-se a tomar seu café da manhã.

— Hiccup, escute. Se esta agindo assim por conta daquele cachorro infernal...

O garoto levantou o olhar em direção ao pai, ele franziu as sobrancelhas, com um único gole terminou de tomar seu café, bateu a caneca na mesa; levantou-se pegou a mochila que havia deixado ao lado da cadeira e andou raivosamente em direção a porta.

—  Hiccup, pra onde você vai?? Hiccup! — gritava Stoico enquanto via o filho sair de casa batendo a porta estrondosamente.

Hiccup caminhou até o portão da cerca, Stoico saiu logo atrás tentando convencer o garoto a voltar.

— Garoto volte aqui agora!!- esbravejou o brutamontes— Eu vou te levar para a escola.

Hiccup levantou a mão direita e sem se virar para olhar o pai mostrou o dedo do meio.

Stoico ficou abismado com a atitude do filho.

Hiccup foi sozinho para a escola. O sinal acabara de tocar e todos que estavam na entrada da escola se direcionaram às salas de aula. Ele estava parado do outro lado da rua. Astrid olhou para traz e ao avista-lo correu em direção a ele.

— Hiccup? O que faz aqui? Você não ia salvar o Banguela?

— E vou. Eu só queria.... eu sei lá.... dizer Adeus??

— Adeus? Adeus? Até parece que você vai morrer?!

— o que? Não!!

— Então para de dizer isso, ta legal?

— Ta.

— olha eu tenho que ir pra aula. Boa sorte com o resgate.

— Valeu.

Astrid deu um soco leve no ombro de Hiccup e virou-se para ir para a escola.

— Adeus Astride.

A garota se virou e olhou para hiccup.

— Hiccup, até mais -gritou ela de volta corrigindo o rapaz.

— Até.

Hiccup virou-se e prosseguiu seu caminho até a estação, não tirava da mente o plano para salvar seu mais novo melhor amigo. Foi um longo caminho até a estação a pé, Hiccup viu o tamanho da fila para comprar as passagens e assustou-se; devia haver no mínimo umas 19 pessoas a frente dele.

— Droga. — exclamou ele.

Como não havia outra escolha a não ser esperar, ele esperou. A fila não levou muito tempo para andar Hiccup estava prestes a comprar a passagem.

— O moleque, espera aí.— gritou uma voz direcionada a Hiccup.

Ele se virou e deparou-se com Astrid , Melequento, Perna-de-Peixe, Cabeça-dura e Cabeça-quente, parados olhando para ele.

— Astrid? Vocês? Oi Perna- de- Peixe, O que fazem aqui??

— Você não achou que eu iria deixa-lo se divertir sozinho. Achou??

—  mas e a escola??

— Foda-se a escola.— disse Cabeça-Quente.

Todos a olharam devido a voz estridente da garota ecoar pela estação.

— O que? Isso é muito mais importante, tá legal!

—  Cabeça- Quente tem razão, isso é importante e eu não vou deixa-lo fazer isso sozinho— disse Astrid com determinação.

Hiccup a olhou com cara interrogativa.

— Nós, eu quis dizer nós.— corrigiu-se Astrid demonstrando um certo constrangimento.— Então? Vamos?

— Estamos com você nessa, Hiccup.—  disse perna de peixe se aproximando do amigo.

—  Vamos nessa.— disse Hiccup em um aceno de cabeça.

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