Três

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Mayumi estava na janela observando Izuna lutando com Tobirama e seus braços estavam cruzados atrás do próprio corpo.

- Filha?

- Quando eles vão?

- Hoje, logo eles irão partir.

- Ótimo. Por que não me avisou?

- Mito nunca mais veio, não sabia como seria sua reação.

- Você perdeu os movimentos das pernas, okaasama voltou em um caixão... Não cometerei seus erros.

- E deixará inocentes morrerem?

- Não são minha responsabilidade. — A porta foi aberta e Tobirama carregava Izuna com uma cara nada feliz.

- O que aconteceu?

- Ele desmaiou, acho que está sem chakra.

Uzumaki Mayumi.

Coloco a toalha sobre a testa de Izuna enquanto ele ainda dormia profundamente, Mito e Hashirama foram embora e Tobirama foi obrigado a ficar para esperar o Uchiha se recuperar.

Contanto que não encha meu saco.

Levanto saindo do quarto e desço as escadas indo até a sala, meu pai estava lendo um livro enquanto Tobirama escrevia algo em seu diário.

- Ele vai ficar bem, só precisa de uns dias de recuperação.

- Está certo. Arigatō gozaimasu. — O Senju agradeceu e concordei com a cabeça indo para a cozinha.

A paz que eu tanto desejava sumiu assim que senti a presença dele e o olhei de canto de olho preparando um sanduíche.

- O que aconteceu com você?

- Coisas.

- Por que não disse que é uma Uchiha?

- Eu não sou. O sharingan é só uma coisa que ganhei.

- Tudo bem, está magoada com Mito e meu irmão. — Isso é verdade.

Passo a mão no rosto e respiro fundo sentando no balcão começando a comer.

- O que vai fazer? Tentar me convencer a ajudar?

- Eu também perdi pessoas, minha mãe, meus irmãos... Hashirama é a única família que me restou o que fez minha raiva diminuir. Você tem seu pai, deveria aproveitar ele ao invés de usar essa máscara.

- Senju Tobirama me dando conselhos? Isso deveria ser visto por mais alguém. — Falo sarcástica e ele dá de ombros.

- Velhos hábitos nunca morrem, Mayumi-hime.

- Como se sente sendo irmão de um kage?

- Normal. Tenho mais com que me preocupar. — Respiro fundo espreguiçando o corpo e desço do balcão. — Sinto muito por sua mãe.

- Todos dizem isso.

- E o que eu falaria?

- Nada, nunca falamos nada além do básico.

- Gosta de Izuna?

- Mito mandou perguntar?

- Sim.

- Patético. — Falo calmamente saindo do cômodo e fui até a saída calçando minhas sandálias ninjas.

Preciso ir ao mercado.

- O que você vai fazer?

- Sair.

- Se me tirar deste tédio, eu esqueço o acordo de nossos pais. — Paro de andar e me viro para o platinado.

- Está falando do que?

- Hã?

- Que acordo, Tobirama?

- Mayumi-hime! — Olho para o anbu que estava sem máscara.

- Sim?

- Tem um Uchiha lá fora, ele parece... Irritado.

- Irritado? É aquele cara. — Tobirama falou e o olhei.

- Quem?

- Uchiha Madara. — Um arrepio percorre meu corpo e engulo seco. Se eu vi Madara foi uma ou duas vezes.

- O que ele quer?

- Ver o irmão. — Respiro fundo indo em direção a entrada da aldeia e Tobirama logo estava ao meu lado.

- Vai precisar de ajuda.

{...}

- Ei, já chega. — Mayumi falou parando de andar e os anbus a olharam.

- Mas, Mayumi-hime...

- Você é a responsável por eu não poder entrar. — Madara a pegou pelo pescoço e todos os anbus lançaram suas espadas porém foi Tobirama quem o acertou com um chute segurando a Uzumaki. — Seu...

- Quer ver seu irmão e ataca justamente a hime do clã Uzumaki. — Ela fala se apoiando no Senju que não a soltou. — A sentença por isso é a prisão, se tivesse tido tempo de me machucar seria morto. Está tudo bem, minna, Madara-sama pode entrar.

Os anbus recuam um pouco e Madara acompanhou Mayumi e Tobirama em direção a casa principal, por uns momentos os pensamentos de Madara eram focados em seu irmão até perceber os mais novos na sua frente que se olharam e coraram se afastando.

Madara ergueu a sobrancelha se lembrando do que Izuna dizia sobre a hime do clã Uzumaki e um sorriso ladino surgiu no rosto dele.

- Diga-me, Mayumi-hime, se casaria com meu irmão?

- Não. — A resposta dela foi curta e grossa mas Madara conseguiu o que queria. Ver Tobirama se mexer desconfortavelmente.

- E Tobirama?

- Não. — Essa resposta foi curta mas a confusão estava exposta na voz dela. — Aliás, não vejo como minha vida é da sua conta.

- Como possuí o sharingan?

- Você ficou surdo, Madara? — Tobirama questionou frio

- Sabe o que eu acho?

- Não ligamos. — Os dois a sua frente falaram juntos e pararam de andar.

- Pode entrar, meu pai está na sala e Izuna no terceiro quarto a esquerda. — Mayumi falou olhando o Uchiha que fechou os olhos e abaixou um pouco a cabeça

- Arigatō gozaimasu, Mayumi-hime.

Uzumaki Mayumi.

- Vai me contar do acordo dos nossos pais?

- Ah sim. — Tobirama coçou o queixo e voltou a segurar as sacolas com as duas mãos. — Você deveria se mudar para Konoha aos dezoito, quando eu vou virar o Nidaime e então nos casaremos aos vinte anos.

- Eu te tirei do tédio?

- De certa forma, ao menos fiz algo. — Entramos em casa indo em direção a cozinha já que estava um silêncio completo na mansão. — Por que?

- Porque então você deve esquecer o acordo de nossos pais. É sempre bom fazer acordo com você. — Estendo a mão para ele que apertou.

- Concordo, Mayumi-hime.

A História apagada.Onde histórias criam vida. Descubra agora