Despair.

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  Ponto de vista: Draco Malfoy.

  Acordei cedo no dia seguinte. Nós tentaríamos arrumar o armário sumidouro de vez hoje e mandar algum recado ou algo do tipo pra Borgin & Burkes.

  Mas meus planos foram interrompidos quando minha coruja apareceu na janela que ficava de frente para o Lago Negro.

  Infelizmente, não era o profeta diário.

  Essa, era a letra da minha tia Bella.

  Draco, como está? Então, querido. Precisamos que você venha rapidamente para a mansão. Saia das fronteiras do castelo e aparate aqui. É essencial para a sobrevivência de seus pais.

  Atenciosamente, tia Bella.

  Meu coração se contorceu em meu peito. Minha mãe e meu pai. Eu precisava salvá-los, a qualquer custo. Não importa que isso custasse minha vida, eles estavam nas mãos de Voldemort, e pela primeira vez, ao invés de respeito, eu senti nojo dele. Engoli em seco, e coloquei minhas vestes prata/verdes, alinhando perfeitamente em meu corpo. Escovei rapidamente meus dentes, e passei os dedos por meus cabelos e desci em direção a porta da sala comunal.

  Ao passar, desci em direção ao salão principal, que estava lotado de pessoas tomando o café da manhã animadamente. Sentei na mesa da Sonserina e não consegui tocar na comida.

  Olhei pra Hermione que estava na mesa da Grifinória. Ela retribuiu meu olhar e eu suspirei. Minha vontade agora era chorar.

  Ela me lançou um olhar confortador, parecia que estava sabendo o que se passava em minha mente. Talvez Hermione realmente fosse uma boa amizade de toda essa educação que meus pais me deram são absolutamente inúteis. De certo modo é, porque se Voldemort aceitou Hermione, qual problema de eu ser amigo dela? Meus pais não iriam questionar o Lord, iriam?

  Esses pensamentos martelavam na minha mente, estavam me perturbando. Abaixei a cabeça na mesa, coloquei minha cabeça sobre meus braços e suspirei. Senti algo quente em meu bolso.
 
  Era a moeda.

  Está tudo bem? - H.G.

  Peguei a minha varinha.

  Está. – Menti. – Me encontre na sala precisa depois do café da manhã. Não vou poder ajudar com o armário de noite. – D.M.

  Guardei a moeda e a varinha no bolso e olhei pra Hermione do outro lado do salão. Ela apenas assentiu e guardou a moeda em seu bolso. Suspirei e dei uma mordida na torrada. Larguei logo após.

  O café da manhã se seguiu, e assim que terminou, Hermione sussurrou algo aos Weasley e foi a primeira a levantar em direção a sala precisa.

  Fui atrás dela.

  Hermione Granger. Armário sumidouro.

  A sala precisa me cedeu o pedido. O fato, é que eu não estava ao todo "simpatizando" com a Granger. É só que tínhamos algo em comum – nós iriamos trair pessoas que não era de nossa intenção, porque Hermione queria apenas trair Harry e o Rony. Mas obstáculos teriam no caminho dela e nós dois sabiamos disso.

  Era algo inevitável.

  Adentrei a sala, e Hermione já estava ali.

– Por que não vai poder trabalhar comigo a noite? – Ela perguntou, passando os dedos sobre a capa do livro grosso e o abriu, procurando a página que havíamos marcado.

– Tenho que resolver umas coisas. Não posso te falar, desculpe. – Arfei. Me sentei em uma cadeira próxima, coloquei os cotovelos sobre os joelhos e enterrei meu rosto em minhas mãos, soltando um longo suspiro. Minha cabeça não conseguia sair dos meus pais, e eu não sabia o que fazer.

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