The start.

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- Ai, Malfoy! - Eu ralhei, sentindo ele em cima de mim. Havíamos caído na neve, e ele sobre mim.

– Desculpe. – O loiro levantou-se, puxando-me pelo braço, me ajudando a levantar.

  Levantei e limpei a neve de meu cabelo.

– Vamos logo antes que Hogwarts feche. – Eu disse em um sussurro e, aos poucos, eu comecei a andar em direção o grande portão do castelo.

– Eu sei. Mas, temos um problema. – Malfoy alertou, e apontou para o portão.

  Uma figura com vestes pretas e longas, cabelos oleosos e curtos - não tão curtos assim - estava de vigia. Droga! Snape estava de vigia.

  Eu, honestamente, não sabia qual era a dele. Mas de uma coisa eu sabia: Snape trairia Dumbledore, assim como Draco, assim como eu. Se não ele não iria para a reunião.
 
  Ele não era comensal, e uma coisa que Harry ouviu não sei onde Igor Karkaroff - o diretor de Drumstrang - falando, era verdade: "Ninguém, NINGUÉM deixa de ser um comensal."

  Desviei meus devaneios. Estávamos no meio da rua que possuía lojas do lado, e que por acaso ficava bem ao ponto de visão de Snape. Havia uma curva ali, como se fosse uma esquina escura, onde dava caminho para um prédio abandonado no final da pequena e estreita rua. Nas laterais, conseguíamos ver as janelas com os depósitos das lojas de Hogsmeade. Vimos ali o porão da dedos de mel, e do lado esquerdo o porão da Zonko's. Fred e Jorge queriam usar o prédio abandonado pra fazer uma espécie de "filial" a Gêmialidades Weasley.

  Puxei Draco para aquela rua escura e estreita, e agachei, de forma que não ficasse no ponto de visão das janelas que haviam ali. As lojas ainda estavam abertas. Escorreguei minhas costas pela parede e encostei.

– Ele ainda não nos viu – Eu disse em um grito sussurrado.

– Eu sei Hermione, mas consequentemente vai nos ver – Malfoy rolou os olhos, e se encaminhou para o portão. Puxei-o novamente com força.

– Tem como você me ouvir? – Ralhei irritadiça, e revirei os olhos.

– Fala. – Ele disse, mas sua atenção não se fixava a mim. Puxei seu braço, e revirei os olhos.

– Olha pra mim – Eu disse, irritada. – Desculpe. – Ele me olhou nos olhos.

  Nossos lábios estavam próximos, porque estávamos apertados. Draco tinha um hálito maravilhosamente bom.

– Escuta, eu conheço uma passagem secreta que vai para Hogwarts pela Dedos de Mel. – Eu sussurrei.

  Desviei meu rosto para fixar a janela ao meu lado, porque a proximidade do meu rosto ao de Draco estava me incomodando plenamente.

– E como vamos fazer pra entrar lá? – Perguntou o loiro.

– Eu tenho um plano. – Murmurei baixinho, suspirando e incomodada com meu plano. Meramente incomodada.

– E qual é? – Ele disse.

– Espere, e verá. – Eu forcei um sorriso.

  Caminhamos até a dedos de mel, entrando lá, senti o cheiro de açúcar e chocolate entrar por minha narinas.

– Pois não, posso ajudá-los? – Um atendente magricela perguntou. Eu nunca havia visto ele lá. Olhei em seu crachá, e estava escrito "Substituto."

– Aquelas cervejas amanteigadas estavam ótimas! – Eu disse, forçando uma voz de bêbada, e me dependurando ao pescoço de Malfoy.

  Draco me olhou confuso, mas logo que eu lhe dei uma piscadela ele entendeu o que eu estava querendo dizer.

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