Geralmente, segundas-feiras são motivo para rebuliço.
Acabou o final de semana, acabou o tempo de descanso, está todo mundo exausto, por ter se acostumado com os dois dias de "fazer nada".
Agora, aqui entre nós: As pessoas estão cansadas de quê?
Se você usou o seu final de semana para encher a cara, para festejar, para sair com os amigos, para estar nos famosos "rolês", ou qualquer outra coisa do tipo, a culpa é totalmente sua por estar morto. A culpa não é da segunda-feira. Aceite.
Não adianta culpar os outros por algo que você quem fez. A segunda não tem nada com isso!
Ok, toda essa volta que eu fiz foi para dizer que eu não tenho nada contra o segundo dia da semana, ou, como os bancos têm mania de dizer, o primeiro dia útil. Na verdade, eu amo segundas, porque é o dia que a minha tão amada revista Super Mentes chegava em meu apartamento, com a sua edição semanal.
Quando minha mãe adentrou o meu quarto com a minha queridíssima revista em mãos, eu já estava acordada e com meu notebook em mãos, além de uma xícara enorme de café que estava na minha mesinha de cabeceira.
O que eu estava fazendo?
Lendo um livro que eu tinha baixado em pdf no meu computador sobre argumentação. Para ser mais exata, era sobre a Captatio Benevolentiae, ou "conquista da benevolência", uma tática da retórica romana em que você deve concordar com a pessoa a qual está argumentando, com o propósito de conquistar a simpatia dela e, por fim, desarmá-la com argumentos.
Essa tática, para alguém como eu, era bem útil, principalmente com o campeonato de argumentação vindo por aí.
— Fernanda, já está acordada? — Tereza Jills apoiou-se na batente da porta e jogou a revista sobre a minha cama. — Falta mais de uma hora e meia para sua aula.
— Eu sei, mãe. — Coloquei um sorriso no rosto e me descobri, mostrando para ela que já estava devidamente arrumada para ir para a escola. — Já tomei banho, vou ler a minha revista e vou a pé para Porfen.
— Quer que eu te leve? Coloquei gasolina no carro ontem.
— Não, pode deixar. Guarde sua gasolina! — Ri fraco.
— E quando você vai me contar sobre seu encontro com Jeon JungKook, filha? — ela perguntou pela vigésima vez desde que eu voltei para casa na sexta feira, e eu apenas revirei os olhos.
— O café está pronto na cafeteira, senhora Tereza. — Fiz uma careta para ela e peguei a revista, surpreendendo-me ao ver o tema dessa semana.
Brexit? Isso realmente parecia interessante.
...
Ir à escola era algo que, estranhamente, eu gostava.
Como eu tinha acordado bem mais cedo do que o comum, eu fui para a biblioteca, a fim de encontrar alguns livros que eu pudesse pegar emprestado a respeito daquilo que eu estava pesquisando mais cedo: Captatio Benevolentiae.
Graças a Deus, como deveria se esperar, a bibliotecária mal esperou a tradução para buscar alguns livros. Logo, ela voltou com uns cinco livros que deveriam ter cerca de trezentas páginas cada um.
— Pouquíssimas pessoas já levaram esses livros para casa — comentou, pegando na contracapa dos livros e verificando os dados. — Qual deles você vai querer? Já te digo que o mais "famoso" de todos é esse. — Gesticulou aspas com os dedos e, em seguida, levantou um livro com uma capa marrom e a sua escrita dourada.
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Sweet Argument • JJK
Fanfic[CONCLUÍDA] Mesmo conhecendo as melhores táticas de argumentação e debate, Jeon JungKook e Fernanda Jills não conseguem encontrar um argumento bom o suficiente para convencerem a si próprios que não são apaixonados um pelo outro. Entretanto, nada os...