Sweet Argument • JJK

22. Kookiecêntricos e Fernancêntricos

Era mais que óbvio — se isso for possível — que o dia seria diferente do esperado a partir do momento em que eu acordei. Primeiramente, estávamos falando do grande dia. Além disso, acordar com seis garotos praticamente invadindo o meu apartamento com cabides, bolsas e mais bolsas, e principalmente o meu vestido.

Pois bem, você não leu errado. Eram seis meninos que estavam ali, Jeon JungKook não viria, pois tinha combinado que me buscaria apenas às sete da noite, horário em que me levaria para o baile de formatura. Praticamente, Nam, Jin, Hobi, Jimin, Tae e Yoongi resolveram transformar aquele dia em um da fofoca e de preparativos ou, talvez, eles só quisessem abusar da minha pessoa por volta das quatro horas para que eu fizesse o cabelo deles — alguns quiseram inovar no penteado, outros só queriam ajuda com o secador —, um pouco de base para cobrir algumas espinhas e, sobretudo, ajuda com o terno. Por que não ficaram em casa e pediram para a mãe? Também não sei, mas ok.

Enfim, os meninos ficaram um tempo considerável lá em casa e foram embora quase que obrigados, porque tinham que buscar suas "duplas" em suas casas e, além disso, minha mãe fez questão de colocá-los para fora antes que eu colocasse o vestido. Era um presente deles, mas os seis só veriam quando eu estivesse arrumada por completo.

Os patetas tomaram o meu tempo por cerca de uma hora e meia, quase duas, deixando-me com um tempo mínimo — para uma garota — para me arrumar. Tereza Jills deixou mais que claro de que não havia escapatória, ela iria, sim, fazer a minha maquiagem e ninguém (lê-se: eu) poderia sequer pensar em dizer um simples não.

Dito, feito e obrigada. Tereza me colocou em um roupão preto, em seguida, pegou o secador e penteou meu cabelo sem que eu visse, no entanto, após acabar, mostrou-me que tinha feito um coque grande, daqueles estilo noiva e que, realmente, tinha ficado muito bonito. Sem pensar duas vezes, minha mãe pegou todas as suas maquiagens e se sentou a minha frente, colocou uma espécie de bandana no meu cabelo para não atrapalhar e, logo, estava passando produtos que eu nem sabia que ela tinha.

— Tão linda... — Sorriu abertamente. — Nem parece que saiu de dentro de mim.

— Pois é. — Ri alto por conta da sua última fala. — Eu saí daí.

— Vamos colocar seu vestido! — Mudou o assunto em segundos e já pegou o enorme cabide com capa que os meninos trouxeram, abrindo-o com cuidado enquanto eu ficava apenas de calcinha e sutiã para colocá-lo.

Depois de um cuidado extremo para por o vestido sem borrar a maquiagem e muito menos estragar o cabelo, finalmente fiquei pronta e fui me olhar no espelho.

— Você está uma verdadeira princesa! — minha mãe comentou, enquanto eu me observava.

Se tinha uma coisa que eu estava era, definitivamente, diferente.

Meu cabelo estava bonito e penteado, minha maquiagem me dava um ar de mais velha e madura e meu vestido... Bom, os meninos capricharam com toda a certeza, porque ele era simplesmente divino.

Com um tom predominantemente magenta, ele ia em um degradê suave em seu comprimento, deixando o final da longa saia com um tom bem claro e que se destacava. Era bem cinturado, com braços de fora em um decote aceitável, que realçava o meu corpo. Estava tudo combinando perfeitamente em uma forma harmoniosa e, quando eu coloquei a sandália alta que minha mãe tinha comprado especialmente para aquele momento, eu tive que admitir: uau, que mulherão é esse no espelho?

— Agora é só esperar o... — Antes que a minha mãe sequer terminasse, a campainha tocou e eu senti como se o ar tivesse fugido de meus pulmões e, do nada, todas as minhas células começassem a pedir por oxigênio, para realizar a famosa e tão odiada respiração celular por conta de todos os processos do ciclo de Krebs e como o piruvato vai se transformar na acetilcoenzima A. — Acho que ele chegou...