Talvez fosse melhor se eu desaparece

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NORMAN

Observo Emma, odiava a ver chorar mas eu não consegui fazer nada, eu não queria mostrar a ela a carta mas era algo que estava preso na minha garganta e me sufocando aos poucos. Algo que tinha que mostrar.

Ela termina de ler e segura a folha com força, estava feliz, por mais que não parecesse, ela me abraça com força e sorri, sinto suas lágrimas no meu moletom mas não me importo.

Retribuo o abraço.

Estava feliz por saber que estava bem, mesmo sabendo que os planos não haviam sido cumpridos por completo... As crianças estavam seguras no controle de Ray, Emma e Guilda estava seguras, livres de serem mortas pelos demônios por estarem do lado deles.

Mas eu estava confuso, sabia que a felicidade não duraria muito, os demônios descobririam minha localização e culpariam Emma por me acolher, em seguida descobriram sobre Ray e as crianças e tudo que construímos juntos será destruído por minha culpa...

Desde que fui para o laboratório senti que seria melhor se eu desaparece, sumisse, desistisse e até se eu morresse....

Mas eu tentei.... Me dei uma segunda chance, mudar e provar meu valor. A quem estava querendo enganar? Se eu ficar as coisas vão piorar... Mas eu não quero deixar Emma! Eu não quero ir embora agora que tudo está perto de se resolver, minha cabeça está girando, estou confuso e pela primeira não tenho a mínima idéia do que fazer.

NORMAN: E-emma... Eu quero que fique com esta carta, pretendo ir embora amanhã e não voltar tão cedo

EMMA: C-como assim ir embora?!

NORMAN: Andei pensando... Se eu ficar os demônios descobririam minha localização irão te culpar por me acolher... Logo descobrirão sobre Ray e as crianças e tudo que construímos juntos será destruído...  Emma se eu ficar só vou piorar as coisas... Quem sabe se eu morresse as coisas iriam melhorar, quem sabe--

EMMA: Já chega! A última vez que ouvi isso Ray tentou se matar para salvar a mim e as crianças! Eu não permitirei que morra! Nem que vá embora. Eu... Eu te amo Norman... E nunca permitirei que vá embora...--Observo seus olhos já marejados em lágrimas

NORMAN: E-emma...-- a abraço-- eu também te amo... Sempre te amei...
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Na manhã seguinte

Me levanto pela manhã com as memórias da noite passada vindo como um trovão na minha cabeça, não me lembro bem do que aconteceu depois daquilo.

O quarto era limpo e organizado, assim como na época de Isabella, uma doce ilusão criada para crianças acreditarem na falsa ilusão da adoção.

Sabia que Emma nunca quis fazer aquilo, o olhar docedas crianças eram como facadas no peito dela, isso estava estampado no rosto dela.

Me levanto e olho em volta, uma das crianças abre a porta e sorri

GUILDA: Não entre aí, deixe ele dormir um pouco May-- escuto Guilda pela cozinha mas sorrio para a garota

NORMAN: May não é?

MAY: Sim! Você é o Norman? A mamãe vivia sonhando com você... Dava para ouvi-la de noite...

NORMAN: Como?

Um garoto entra no quarto e nos alerta que o café da manha estava pronto. Saímos dalí e vamos tomar café, naquele momento ví Ray, a noite passada ele não estava aqui, provavelmente estava com as crianças

Vou até ele que estava apoiado na parede com os braços cruzados observando os pés

NORMAN: Onde estava noite passada?

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