A mente por trás do plano

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ANNA

Meus olhos se abrem lentamente revelando a sala iluminada em que me encontrava, não me lembrava de muita coisa mas antes de desmaiar tenho certeza que vi uma figura encapuzada pulando a janela, lembro de ser levada para um quarto para cuidarem das minhas feridas causadas pelo demônio.

O demônio apareceu do nada e quando tomei conta já estava com Thoma e Nat, rapidamente fui para cima dele com a arma que guardava na biblioteca, a mesma que Ray achou quando foi a encontro de Norman e me deu para me proteger.

Gastei todas as balas, por mais que acertasse era como se não fizesse bem cócegas neles, consegui que derrubasse Nat e o ataquei com uma faca da cozinha antes de fosse embora mas ele me segurou e atingiu minha barriga com uma das garras e em seguida me jogou contra o armário.

O resto vem em minha cabeça como flash's de luz, eu acordando com Sophie, Nat me agradecendo e contando oque havia acontecendo e Ray desesperado em saber se estávamos bem

Me sentia culpada por não ter conseguido ajudar, mais uma vez eu fui inútil e não pude nem salvar um dos nossos, eu sou mesmo uma vergonha...

Pego um livro e um lápis que haviam deixado alí, provavelmente sabiam que não iria parar de trabalhar mesmo não totalmente recuperada, estava com o plano praticamente pronto então gastei aquele tempo estudando os demônios e revisando métodos para caso algo der errado.

RAY: Você devia estar descansando...

Ray entra no quarto e fecha a porta se aproximando lentamente da cama, ele dá um sorriso aliviado.

ANNA: Ray... Eu... Eu...

Começo a tossir com um pano cobrindo a boca, retiro e vejo algumas gotas de sangue, meus olhos se arregalaram, não sabia que meu caso era assim tão grave. Ray coloca a mão sobre a minha e retira a pano de minhas mãos.

RAY: Não se preocupe, você está se recuperando de um corte fundo feito das garras de um demônio.

ANNA: Sinto muito... Sei que agi precipitadamente...

RAY:Eu admiro muito sua coragem de enfrentar um demônio para salvar um deles... Não peça desculpas, se não fosse você Nat também seria levado

ANNA: Se eu estivesse mais atenta poderia ter impedido isso tudo.

RAY: Não fale odiotices Anna, todos estão preocupados com você, eles sabem que você não tem culpa de nada, há um traidor entre nós Anna, eles nos acharam porque esse alguém dedurou o local e não por culpa sua.

ANNA: Muito obrigada Ray... Eu só queria cuidar de algo sozinha, impedir mais uma dor de cabeça para você...

RAY: Agradeço mas não precisa se importar comigo Anna... Estou melhor...

ANNA: E-ele falou com você? Sinto muito eu sei que deveria ter guardado o segredo mas eu... Eu...

Antes que terminasse de falar ele me abraça com força, realmente havia refletido sobre tudo, estava agradecido, sei disso... E eu estava aliviada por saber que estava bem

Estava feliz por te-lo aqui, por poder contar com ele para me ajudar com o plano, contar minhas inseguranças e sonhos para o futuro, sabia que tinha ele como um amigo...

RAY: Sinto muito... Sinto muito mesmo Anna, eu não sabia o quanto isso estava te machucando... Não deveria ter te falado mas por sua causa me toquei dos meus erros... Droga eu estou sendo tão infantil...

ANNA: Está errado, quando se assume seus erros se torna mais maturo ainda... Não evite chorar porque tem medo de parecer infantil, quando precisar desabar, quiser chorar ou precisar de consolo por favor venha falar comigo antes de qualquer coisa.

RAY: Obrigado...

Ele se toca que ainda estávamos abraçados e se solta rapidamente

RAY: B-Bem preciso ir... Fique bem logo Anna!

ANNA: Pode deixar!
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A noite: 23:00h

Finalmente havia conseguido terminar o plano, conhecei a procurar o caderno com minhas anotações sobre os demônios e percebo que haviam sumido, provavelmente roubado pelo que chamaram de traidor

Minha respiração fica ofegante, estava nervosa com tudo aquilo, estava com medo de os planos serem jogados por água baixo...

Eu preciso achar esse idiota, trabalhar para demônios, trair nossa confiança para mim isso é medo de morrer, é covardia, imaturidade e mente facilmente manipulada.

Respiro fundo, não podia surtar pois era isso que ele queria, pelo contrário eu estudarei duas vezes mais para manter as chances de vitória de pé.

Anoto o plano em uma folha de caderno e acordo Ray, ele é o único que tenho certeza que não era o traidor porque realmete não faria sentindo ele fazer isso. Ele se senta na cadeira da biblioteca e arqueia a sombrancelha me pedindo para prosseguir.

ANNA: Certo... Olha acredito que não seja seguro falar do plano aqui, roubaram minhas anotações, ele pode estar aqui... Pega

O entrego o plano escrito, ele afirma com a cabeça e começa a ler. Depois de alguns segundos ele me entrega o plano e sorri.

RAY: Realmente estou impressionado com a sua habilidade de criar o plano, creio que não conseguiria fazer algo melhor.

ANNA: Obrigada! Aliás... Pode levar o plano com você? Tenho receio de guardar comigo...

RAY: Claro!

Sorrio aliviada por saber que o plano estava convincente e que teríamos, realmente, chances de vencer essa batalha e por saber que não precisaria sentir medo de guardar o plano e correr o risco de ser roubado. Ele se levanta e sorri.

RAY: São 23:00h melhor ir dormir, logo eu terei que me preocupar com o seu estado de saúde.

Ele dá um sorriso sádico

ANNA: Obrigada pela preocupação...

Ele saí e vou para a cama, diferente das noites anteriores eu conseguiria dormir tranquila pois depois de tanto tempo eu finalmente havia completado o plano e não seria inútil.
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CONTINUA

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