salute! (Eu Voltei!!!)

olhos

Mia dá o primeiro passo. Está frio e escuro. Milhões de olhos a enxergam. Ela não pode vê-los, apenas o brilho malévolo de suas íris. Ela caminha a passos pequenos, sem saber exatamente para onde ir.

- O que estou fazendo aqui mesmo? - ela se pergunta - Para onde estou indo?

- Você está indo até mim. - uma voz surge das sombras - Chegue aonde eu quero e você estará livre.

Ao ouvir isso, ela dá um pulo assustada.

- Quem está aí?

Um homem alto e bonito surge das sombras, sua presença ilumina o local.

- Eu, o seu libertador - ele diz erguendo os braços - Venha a mim, criança.

Mia se aproxima, com medo, do homem. Ela o observa bem, ele realmente era bonito, seus olhos eram verdes, seus cabelos eram grandes e levemente bagunçados, suas roupas eram coloridas e extravagantes.

- Qual o seu maior medo? - ele diz, enrolando os dedos em uma das suas mechas.

- Cobras, eu acho - Mia responde, apreensiva.

Rapidamente, ele puxa uma de suas mechas e joga na direção de Mia, no ar, a mecha transforma-se numa cobra, que se enrola no corpo de Mia. Ela entra em desespero e arranca a cobra de seu corpo e joga no chão.

Assim que a cobra toca o chão, o estranho joga outra mecha em Mia, e a cobra se enrola em seu pescoço.

- Não se mexa - ele diz.

Mia está em pânico, mas não se mexe, seus olhos estão lagrimando e seu coração está acelerado.

- Vença seu medo, mate a cobra. Arranque a cabeça dela com os dentes.

Mia está chorando, mas não se mexe.

O estranho, com raiva, puxa a cobra do pescoço de Mia e a joga para longe. Depois ele dá um tapa bem forte em Mia e ela cai no chão.

Mia rola no chão, ela está chorando e sentindo uma dor intensa no rosto. O estranho a levanta com cuidado e coloca a mão no seu rosto. Ele está de luvas, mas ela sente a sua mão gelada.

-Me perdoe, se você tivesse matado a cobra, você não sofreria nenhum dos males que virão - ele diz, com um semblante triste - Continue andando, você se libertará ao final.

Assim como apareceu, o estranho homem sumiu, Mia estava de novo sozinha, na escuridão, com milhares de olhos a cercando.