Prólogo

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Prólogo

[Revisado, mas se acharem erros, por favor, avisem]

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A NOITE ESTAVA CHUVOsa

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A NOITE ESTAVA CHUVOsa. E, embora o castelo tivesse a maior estrutura do reino, os pingos de chuva inundavam furtivamente a torre de astronomia.

Merlim não parecia se preocupar com isso. Admirava a chuva como se fosse o ser mais maravilhoso descendo sobre a terra. Arthur, porém, não compreendia a fascinação do feiticeiro. Não era como se tivessem chuva apenas uma vez a cada milênio. Mas, ao invés de julga-lo, sentia grande admiração pelo mesmo.

— Merlim... Mas, não tem outra maneira? — perguntou preocupado.

Merlim apenas olhou para o amigo com uma expressão triste e cansada. De toda forma, a pergunta fora tanto retórica, Arthur sabia que ele tinha feito o melhor trabalho possível para manter o rei Leonard vivo. Infelizmente não houve nenhum jeito de salva-lo. E, por consequência, o terror, de certo, impregnaria-se no reino de Solaria.

— E a criança? — quis saber Arthur. — O que será dela?

— Poderemos apenas rezar pelo seu melhor — respondeu o mago olhando a chuva pela abertura de vidro que o teto possuía. — Ainda que o futuro dela seja incerto.

— Tal como o de qualquer um, Merlim.

Arthur jogou-se na cadeira exausto de tudo. Não sabia o que o amanhã esperava. Podia ser que o novo governante de Solaria não cumprisse com o tratado de paz assinado há anos pelos dois reinos, e o que o o rei Arthur menos queria era iniciar uma guerra com um vizinho tão querido e forte. O futuro do Camelot estava em jogo.

O mago sentou ao seu lado e pousou a mão em seu ombro. — Sinto não poder fazer nada, meu amigo. As vezes o conhecimento que pesa sobre meus ombros não é suficiente.

Foi então que um corvo pousou na janela. E, com uma velocidade invejável, Merlim correu para a abrir, sem se importar com a quantidade enorme de água que entraria no aposento e com o banho que tomaria.

Arthur questionou em mentes a atitude do mago, mas nada disse. Era ciente das Merlim atitudes estranhas e não era de hoje. Porém, foram essas atitudes que fizeram dele rei. Merlim não dava ponto sem nó. Então , apesar do pé atrás, confiava nelas a sua vida.

O feiticeiro pegou o corvo com ambas as mãos e colocou-o em cima da mesa ensopada devido as goteiras. O corvo crocitou e pôs-se encara-lo freneticamente. O mago não piscava, as vistas esbugalhadas de modo grosseiro.

Arthur encarava Merlim e o pássaro em busca de algum sentido, algo que conseguisse compreender. Não obstante, antes de qualquer outro pensamento, Merlim se recompôs rapidamente e começou a andar em círculos pela torre, agitado.

O que estava acontecendo afinal? Queria perguntar para o amigo, mas aprendera há muitos anos que não podia atrapalhar os pensamentos dele. E, a medida que o tempo passava, a curiosidade e nervosismo cresciam no rei, até que chegou um ponto que ele não conseguiu mais segurar a língua: — Pelo o amor dos deuses, Merlim! O que está acontecendo? São ótimas notícias?

Um pássaro símbolo do mal agouro traria boas novas?, devaneou em seguida.

Merlim pareceu perceber a sua presença somente aquele instante, como se sua alma houvesse regressado agora. E apenas suspirou e sentou na cadeira, vencido e com a visão além-mar. Parecia abatido e com medo.

— Não sei. Não sei. Vi um futuro incerto, Arthur, com ódio e tristeza. Mas, havia esperança... Ela era bela. Palpável. Todavia, esperança e vitórias são dois polos totalmente distintos. — Merlim olhou o rei bem profundamente. Estava com medo? — Enfim, não é nada que deva se preocupar... Não por enquanto – confortou por fim. – É algo mais para o futuro... No mais, preciso ir.

O corvo gritou estridentemente e voou para fora do castelo, quebrando o vidro do teto. A chuva já parara lá fora, e uma linda aurora boreal surgiu no céu de Camelot. Encantado pela beleza do céu, Arthur por um momento esqueceu as palavras embaralhadas do homem e nem percebeu quando ele pôs a mão em seu ombro.

— Sinto não puder lhe contar mais, Arthur, nem mesmo sei o que vi ao certo. Estou velho, meu amigo — Merlim estudou o céu por uns instantes, sereno. — Parabéns! Ela será uma ótima menina!

Atônito, Arthur tentou compreender a parabenização do outro, mas ele já havia desaparecido, e da mesma forma que apareceu, enigmático e sem deixar rastros.

Logo foi sobressaltado por uma das empregadas do palácio que viera correndo em sua direção, toda esbaforida, seguida por seu filho Erick que a acompanhava animado.

— Sua esposa, meu rei. Minha rainha. Minha rainha...

— Fale, estou ficando preocupado.

— Sua esposa entrou em trabalho de parto, Vossa Majestade — disse sem ar. — As curandeiras já estão prestando serviço.

Arthur gritou, feliz, e agradeceu a notícia, dando-lhe um forte abraço e dois beijos nas bochechas. Pegou o menino no colo e correu para o quarto da esposa, sem antes dar uma ultima olhada para o céu.

— Aurora... — disse sorrindo. — AURORA!

Fim do Prólogo

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Fim do Prólogo.

Uhhh!!!Esperamos que gostem desse "reconto" dos Contos-de-Fadas

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Uhhh!!!
Esperamos que gostem desse "reconto" dos Contos-de-Fadas. Mas, esqueçam tudo que se lembram e se preparem para novas aventuras e surpresas.

Willians Guedes
& Priscilla Lima.

Branca De NeveWhere stories live. Discover now