Capítulo 6

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Grace

Mamãe havia acabado de chegar em casa

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Mamãe havia acabado de chegar em casa. Havia dias que eu a observava e pude perceber que ela andava muito cansada. Por isso, decidi que faria um jantar para ela.

Salmão grelhado com molho de tomate seco e salada de folhas verdes como ela sempre gostou.

Fiz arroz com brócolis e temperei sua salada enquanto ela estava sentada na sala com os pés para cima e uma taça de vinho em sua mão.

-Ah, querida. Foi complicado... O senhorzinho chegou com hemorragia subaracnóide traumática. Foi horrível, em tantos anos de experiência eu nunca imaginei que iria chorar vendo o sofrimento daquela família. E quando Allan pediu que eu reunisse a família dentro da sala para dizer que infelizmente não havíamos conseguido salva-lo. Ah, que horror. A veia do lobo frontal se despedaçou. - eu a vi retirar os pés da mesa de centro e colocar a taça no lugar. Ela desligou a tv, pegou o refratário que eu carregava e o depositou na mesa da cozinha.

Nossa casa era confortável. Mamãe fazia muito por nós. Ela sempre se preocupou com o nosso conforto, principalmente depois que papai nos deixou para ir morar com uma mulher dez anos mais nova que carregava dois filhos seus. Aurora queria mostrar para mim e principalmente para si mesma que poderíamos ficar bem.

Ela sempre dizia "Nunca ouse depender de ninguém para ter a sua própria felicidade. Não se case só porque engravidou, nem nunca faça algo só para que eles fiquem felizes, ao menos que você também seja feliz. Nunca seja submissa, faça ele entender que você não precisa de um pedacinho de carne de 10 ou 13 centímetros para lhe satisfazer. Há sempre alguém com uma ferramenta melhor. Nós, as Brooke sabemos nos virar em qualquer situação."

Eu sempre gargalhava quando minha mãe vinha com essas conversas. Até que finalmente eu entendi o que ela quis dizer.

-- Que dia, hein?- sorri quando me sentei em sua frente na nossa pequena mesa de jantar. - você estava lá quando o doutor Allan anunciou a morte para os familiares.

-- Sim. Eu estava...- então começamos a nos servir enquanto ela contava o seu dia no hospital.

Mamãe sabia que eu amava ouvir suas histórias na emergência do hospital, mas aquilo realmente parecia ser triste. Ela sempre tinha a nova história.

Mamãe era o meu maior orgulho e sempre o meu porto seguro.

***

Sinto meu corpo se debrulhar em lágrimas e alguém pega minha mão enquanto isso acontece.

-O que foi, Grace? - sua voz é forte e precisa. - O que houve?

Após a pergunta, Black abaixa a proteção da maca e se deita ao meu lado.

Olho para ele espantada. Suas olheiras são profundas, e seus olhos estão vermelhos. Parece que não dorme há dias... Espera!

Há quanto tempo eu dormi?

Meu Querido Bad BoyWhere stories live. Discover now