Todos amavam Hansel Brenner.
Ele era o queridinho da América. A estrela de Hollywood que todos queriam um pedaço. Não só conquistou o tapete vermelho mas também brilhava nos palcos.
Ora ator, ora cantor, Hansel é sem dúvidas o cara mais cobiçado d...
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L E X I E
Acordei há vinte minutos e ainda estou na cama.
Meu corpo se encontra totalmente derrotado depois de ontem. Não só meu corpo, mas também meu cérebro parece ter entrado em circuito. Ora retomo meus pensamentos sobre o dia de ontem, ora reclamo mentalmente da dor horrível que perfura minha lombar.
Para chegar até aqui foi um sufoco. Meu apartamento fica em Long Island, que é praticamente uma hora e meia de distância até o centro de Nova York. Morar no estado Nova York não significa morar na cidade de Nova York. May me fez enfrentar um trem às seis horas da manhã para chegarmos cedo no estádio.
E segundo ela, não poderíamos arriscar ficar muito atrás nas cadeiras inferiores.
Eu achei que ela estava exagerando até me deparar com a multidão de gente aglomerada na frente do Madison Square. Nós tínhamos chegado às nove horas lá e ainda faltavam dez horas para show começar, mas mesmo assim havia uma fila quilométrica na frente.
Tinha gente acampando em barracas! Caramba. Depois que vi aquilo, cheguei à conclusão que minha filha é uma fã bem normal, comparado àquelas pessoas.
Enfim, foram longas horas e horas para entrar na porcaria do estádio. Tudo que eu mais queria era sentar numa cadeira e me acomodar em paz, mas claro, não foi tão fácil.
Bem na hora que os portões foram abertos, surgiu uma gritaria entre duas meninas e as pessoas ao invés de seguirem em frente, foram dar audiência para as duas pestes. Não demorou muito para uma equipe de segurança ir atrás apartar a briga.
Mas o fato é que aquela briga de ratas me custou trinta minutos em pé com uma menina que estava com o rosto praticamente queimado depois de ficar horas no sol nova-iorquino, esperando na fila. Apesar de May estar usando protetor solar, ela ainda conseguia se queimar.
Normalmente, May iria choramingar de dor pela queimadura, porém, ontem ela apenas ficou calada sobre isso e tagarelou o tempo todo sobre o quão animada estava para o show. Honestamente, a animação de May foi a única coisa que me fez aguentar ficar plantada naquela fila durante horas.
Porém, isso não vai mais acontecer se depender de mim. Próximo show, é May e Kitty com dezoito anos indo juntas, pois eu não vou ter sanidade para passar por isso de novo.
Foi uma experiência péssima demais, estalo as costas, soltando um gemido de dor. Minhas pernas também doem. Tudo dói.
Me sinto uma velha reclamando sobre as dores de corpo. Mas tá doendo tanto, tanto.
E o pior de tudo, é que não é apenas a dor física que me acompanha.
