Riqueza. Luxúria. Poder. Uma nova elite se inicia quando Heron Borelli assume os negócios da família. Sedento por mais poder ele caí nas armadilhas de sua amada, Ravena Versace. Uma mulher de inúmeras faces e truques, que possui segredos dos quais a...
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Em um avião particular, Heron e sua equipe viajavam rumo à Monte Carlo. Em um quarto, montado às pressas, uma equipe móvel os acompanharia por conta de Derian, que de última hora resolveu levar. Após o episódio surpreendente, percebeu que não podia deixá-lo sozinho, sabendo dos esforços e sentimentos que gastou em busca de Via. O silêncio absoluto os sondou por longas horas, alguns pensativos e outros exaustos. Anelise e Érico seguiram rumo a Itália junto de Rico e Kênia, que ainda não sabiam do atentado contra Derian. Heron optou por manter segredo para proteger a imagem do irmão. Era sua decisão se gostaria que soubessem ou não.
Aidan sentou ao seu lado na poltrona vaga, oferecendo-o um uísque duplo com gelo. Ambos brindaram, bebericando o líquido em seguida. Mantiveram-se calados por alguns minutos, fixados na pequena tela presa no teto, que os mostrava imagens de Derian em tempo real. O garoto permanecia desacordado, respirando através de aparelhos. Um médico e dois enfermeiros ao seu redor, verificando seus sinais vitais.
— A primeira decepção amorosa a gente nunca esquece. — comentou, baixo. — Você acha que ela foi enviada pelo Constantin?
Heron apertou os lábios, negando-se a acreditar que tudo fora planejado. Se houvesse uma chance de Via ser peão de Constantin, também haveria uma chance de Ravena fazer parte, pois foi ela quem o trouxe. Acreditar que Ravena Versace armou contra ele seria colocar um alvo nas costas dela. Teria de usá-la como exemplo. E não estava convicto de que era capaz de machucá-la ainda mais.
— Não vou presumir nada. Quando ele acordar, conforme sua versão tomaremos uma atitude. — avisou ao deixar o copo de lado. — Quando ele acordar, não quero que mencionem nada a respeito dela. Se possível, hajam como se ela nunca tivesse existido. Caso ele pergunte, então conte a verdade.
Aidan juntou as sobrancelhas ao mesmo tempo que gesticulava para que uma das aeromoças o trouxesse outra dose de uísque.
— Que ela está presa em um buraco sem água e comida? Essa é a verdade que você quer que a gente conte? — perguntou, cínico. Aidan pegou o copo com uísque, entregando o vazio para a aeromoça. Sorrateiramente olhou Heron. — O que faria se estivesse no lugar dele?
— Se a mulher que eu amasse e confiasse me traísse dessa forma, ela se arrependeria amargamente.
— Eu não duvido disso. Mas... ele é diferente. Derian acabou de descobrir como o ser humano é mau, o mundo dele vai desmoronar.
— Como Kênia previu. — completou evasivo, lembrando-se da conversa que teve com a madrasta. Notando a confusão de Aidan, resolveu explicar. — Ela me apresentou Costa Rica com a promessa de que eu estaria com Derian quando o mundo dele desmoronasse. Quando ele se desse conta de que seria inútil salva-la.
A chegada de Durak interrompeu a conversa. Entregou o tablet à Heron, mostrando-o algumas imagens que havia conseguido resgatar. Muitas desfocadas, outros confusas e algumas nítidas. Durante uma semana trabalhou arduamente na tentativa de identificar cada aliado de Constantin. De um por um foram derrubados. Estavam saindo da Colômbia, mas deixando um caos para trás, jamais esqueceriam dos Borelli. Novamente, mostraram-lhe até onde são capazes de ir quando são desafiados. A fúria de Heron Borelli causou um impetuoso final.
