Conto IV

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ELA

Morta.

Era como eu me sentia, com mais um semestre acabando.

A última prova havia sido há meia hora e eu ainda estava morgando enquanto tomava um café pós almoço.

Não ia ter jeito.

Eu ia ter que dormir, caso contrário cairia dura.

Por isso resolvi ir direto para o quarto de Noah, pois só o que verdadeiramente me acalmava era seu cheiro.

Suspirei fundo, feliz, quando abri a porta e seu perfume invadiu meu olfato.

Mal fechei a porta, deixei minha mochila no chão e me deitei ao seu lado em sua cama.

Ele já se encontrava ali dormindo profundamente, suas costas definidas à mostra.

Sorri enquanto o abraçava e beijava a pele de seu pescoço, sem conseguir me frear.

Noah suspirou e entrelaçou seus dedos nos meus, me dando as boas vindas do seu jeitinho.

Esfreguei meu nariz em seus cabelos e finalmente me senti em paz em semanas, e foi quase instantâneo dormir.

Não fazia ideia de quanto tempo havia se passado, mas acordei com uma sensação de cosquinha bem no meio das pernas e comecei a rir.

Ouvi uma risada conhecida e abri meus olhos lentamente, olhando para baixo.

Quando entrei no quarto de Noah, me lembro de estar de short jeans, tênis e uma blusinha de alcinhas.

A blusa continuava no lugar, mas os tênis e o short haviam sido jogados para fora do meu corpo e Noah passeava com as unhas pela parte de dentro das minhas coxas de um modo que fazia cócegas.

Peguei em suas mãos enquanto continuava rindo e as puxei para cima, o puxando junto, e seu corpo pairou acima do meu.

Automaticamente, enrolei minhas pernas em seu quadril enquanto ele deixava aquela parte de seu corpo fazer pressão no meu e sua boca pairou sobre a minha.

Levei a mão à sua bochecha e fiz um carinho lento, sorrindo enquanto roçava nossos lábios e narizes.

- Oi - sussurrei, fazendo Noah sorrir.

Uma de suas mãos passou a fazer um carinho lento bem abaixo de meu seio, por dentro da blusa, me fazendo arrepiar absurdamente.

- Oi - sussurrei de volta, finalmente o beijando.

Suspirei, o bem que seu gosto me fazia era surreal.

Sim, eu estava apaixonada por Noah.

Não, eu não negava mais isso.

Sim, nós continuávamos em um "relacionamento aberto", como as pessoas gostavam de dizer.

Mas não tinha ideia dos sentimentos de Noah, e sinceramente naquele momento não eram tão relevantes assim.

Gemi em sua boca quando uma de suas mãos puxou minha coxa ainda mais para cima, me abrindo em um ângulo que o fazia conseguir me sentir inteira.

Mordi seu lábio inferior com força e apertei os fios de seus cabelos entre meus dedos, forçando sua cabeça para cima.

Sua mão que estava em minha coxa aplicou força extra, me deixando saber que seu corpo sentia falta do meu.

O que, obviamente, era recíproco.

Nossos olhos se conectaram e Noah suspirou, levando sua outra mão à minha bochecha, como eu havia feito anteriormente.

Amizade colorida [Contos]Where stories live. Discover now