CAPÍTULO 1 - O COMEÇO DO FIM - PARTE 3

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Luíza com um ar de mistério olhou para os 3 irmãos e disse:

— O que vocês acham depois do evento, começarem a frequentarem a ONG onde eu trabalho? Convidarei as outras crianças que irão participar do evento também, só estou adiantando isso para vocês, lá terá muita coisa para fazer: oficinas, espaço para brincar e aprender, e eu gostaria muito que vocês fossem! O que acham?

Danilo olhou para Lucas e Ane e viu que eles ficaram animados com a ideia de ir, mas respondeu:

— Não sei, teremos que pedir autorização para a nossa mãe e ver se ela deixará.

Luíza concordou com as palavras de Danilo.

—Com certeza, vocês tem que pedir permissão a ela, bom eu esperarei até o dia do evento e lá vocês me dão a resposta certo?

Os irmãos balançaram a cabeça concordando com ela, e antes deles irem embora Luíza colocou a mão no bolso e tirou algo.

—Ane, isso é para você.

Era um chaveiro em formato de boneca sentada em um coração. — Eu tenho ela a muito tempo desde que era bem pequenininha como você, e para onde eu vou levo ela sempre, é bem especial para mim, e como eu estou grande não vou conseguir cuidar tão bem dela, como também gostei muito de você, eu quero que lhe dar. Você aceita?

Ane muito feliz ficou admirada com o presente, que por mais que fosse simples ela nunca tinha ganhado nada de ninguém que tivesse acabado de conhecer, ela bem tímida pegou o presente na mão e abraçou Luíza agradecendo:

—Obrigado Tia Lu, vou cuidar muito bem dela para sempre.

Então se despediram, e seguiram o rumo de casa, enquanto ela ficou conversando com as pessoas que ajudaram a falar com as crianças.

Depois de alguns quarteirões, os 3 irmãos foram surpreendidos por 2 adolescentes bem mais velhos, Fábio aparentava ser maior de idade, era magro e alto, apresentava uma malandragem que poucos da sua idade tinham, usava camiseta de manga longa e uma calça larga parecia que era de outra pessoa de tão grande que era, e Carlos era mais baixo, porém mais forte que seu amigo, andava bem-vestido e quem olhasse para ele não desconfiaria da sua mente perversa, eles eram considerados má influência para outras crianças, não respeitavam ninguém, cometiam pequenos delitos, e por muitas vezes batiam em outras crianças se não fizessem o que ele queriam, muitos quando os viam desviavam o caminho para não sofrer nas mãos deles ou serem obrigados a fazer o que não queriam, os dois já haviam largado a escola e os pais não tinham mais controle sobre eles, e quando eles viram Danilo, Lucas e Ane, andando pela rua, aceleram o passo e abordaram os 3. Pararam na frente deles e disseram:

— Olha só o que encontramos por aqui, será que são os 3 patetas. Disse Carlos a Fábio, e já com um olhar maldoso para os irmãos completou.

—Acho que não, devem ser os 3 porquinhos olha a cara deles toda suja, e ainda estão fedendo.

E começaram a rir dos irmãos, Danilo vendo que aquilo não acabaria tão rápido questionou:

—O que vocês querem? Deixe a gente passar!

Fábio começou a gargalhar e respondeu:

—Ué, a gente não está fazendo nada com vocês! Só paramos aqui para cumprimentá-los e saber como vocês estão, fazia tempo que não nos víamos, estávamos com saudades. Não é Carlos?

—Com certeza estávamos, é sempre bom reencontrar nossos amiguinhos por aí, e conversar com eles, então não se preocupe Danilinho, não faremos nada com você e seus irmãozinhos. E falando nisso como você está? E você Lucas? Que ainda não falou nada, ou vai deixar seu irmão responder por você também?

Danilo desconfiado da atitude dos dois até aquele momento, puxou Ane para trás dele a escondendo dos adolescentes, com medo que eles fizessem algo com ela:

—Estou bem, estamos voltando para casa, antes que minha mãe chegue e acabe não nos encontrando!

Lucas não estava tendo um bom pressentimento sobre aqueles dois, com um pouco de medo e com sua voz trêmula quase sumindo, respondeu a pergunta de Carlos:

—Estou sim!

Fábio notou que Lucas estava com medo, e zombando dele começou a provocá-lo.

— O que foi Lucas? Está com fome, ou está passando mal? Não consegue nem responder direito, isso não é medo não né?

Danilo vendo a pressão que Fábio estava colocando em cima de seu irmão, tomou a frente da conversa:

— Ele está cansado e com fome, e precisamos chegar em casa logo antes que anoiteça!

Os dois adolescentes se olharam e como se conversassem por telepatia já sabiam o que iriam fazer com os irmãos, levantando os ombros e apertando a boca, tinham deixado a entender que concordavam em deixá-los ir embora.

—Está certo, podem ir embora 3 porquinhos. Comentou Fábio.

Quando pensavam que tinham se livrado da dupla, e poderiam prosseguir a diante, tiveram uma surpresa ao passar pelos por eles, Carlos notou que Ane estava segurando algo, era o chaveiro que ela tinha ganhado de Luíza, ele em um piscar de olhos arrancou o presente da mão dela, Fábio fez uma cara de impressionado e colocando as mãos na cabeça com a rapidez que seu amigo tinha pegado o chaveiro da garotinha, começaram a se gabar, provocando-os:

—Que merda é essa daqui? De onde vocês tiraram, pegaram no lixo ou roubaram de alguém? Indagou Carlos.

BACKSMILE- A ORIGEMWhere stories live. Discover now