BACKSMILE- A ORIGEM

CAPÍTULO 1 - O COMEÇO DO FIM - PARTE 6

 Quando de surpresa, alguém puxou o rapaz por trás e na hora que ele se virou, tomou um grande tapa na cara, meio zonzo ainda sem entender o que estava acontecendo e de onde tinha surgido aquela pessoa, tomou uma joelhada muito forte no meio das pernas, foi algo tão rápido que os irmãos só notaram ele caindo no chão, eles ficaram assustados pensaram que os adolescentes tinham voltado com mais alguém, quando se deram conta que era Luíza acompanhada de Ane, muito brava Luíza começou a gritar:

—Você não tem vergonha de mandar três crianças roubarem, elas são crianças inocentes seu vagabundo.

Quando ela se preparava para dar mais um golpe no rapaz que estava no chão, os irmãos entraram na frente desperados.

—Pare tia Lu, ele nos ajudou, nos livrou dos adolescentes, e estava nos ajudando a encontrar Ane, não bate mais nele.

Luíza passando as mãos no rosto para tirar os cabelos da frente dos seus olhos. vendo que tinha feito besteira argumentou.

— O que vocês estão falando? Ele está obrigando vocês a mentirem?

Eles segurando a moça, começaram a falar. —Não não, ele é uma boa pessoa nos ajudou e pagou tudo o que os rapazes mandaram o Lucas roubar.

Muito constrangida, olhou para o rapaz se contorcendo de dor no chão e então se abaixou perto dele e disse:

—Me perdoe, eu jurava que você era um dos rapazes que estava fazendo mau para eles, eu não sabia! Por favor me perdoe?

O rapaz, se contorcia no chão mal conseguia abrir os olhos a pancada foi tão grande que ele não sabia o que doía mais, se era o tapa ou a joelhada, com a voz muito brava ele não a perdoou.

— Quem é você sua maluca? Como chega assim batendo nas pessoas sem perguntar, se a intenção era me deixar aleijado, acho que conseguiu. Ele ficou ali por alguns minutos até conseguir se recuperar, quando a dor começou a passar e conseguindo já respirar, sem tanta dor, foi se levantando aos poucos, colocando as duas mãos nos joelhos e respirando cada vez mais fundo, ouviu de Luíza:

— Nossa como você é dramático, nem doeu tanto assim.

O rapaz ainda não tinha olhado para ela, quando levantou a cabeça ele teve uma mudança repentina de humor, e ficou admirado com a beleza de Luiza, ela tinha cabelos longos até o meio das costas, seus olhos eram castanhos da cor do mel, tinha um ar angelical, o rapaz ficou quieto quando olhou para ela, mas isso só durou alguns segundos, ele fez uma indagação:

—Quem é você afinal de contas? Que chega batendo sem saber o que está acontecendo, e de onde você conhece essas crianças?

Luíza, sem jeito e olhando para as crianças vendo que elas estavam aliviadas e bem, puxou os três para perto dela, e o respondeu:

— Eu conheci eles hoje, e logo notei que eram crianças boas que só procuram um lugar legal para brincar.

E abraçando Ane, contou que tinha encontrado ela correndo desesperada em sua direção na rua.— Ela parou na minha frente e começou a chorar, falando que garotos maus estavam obrigando os irmãos dela a roubarem, então não pensei duas vezes em ir atrás deles, e quando me dei conta que não se tratava de crianças mas de um adulto, decidi fazer o que fiz.

—Peço desculpas não imaginava que você já tinha ajudado eles, e a propósito. Esticou uma das mãos para cumprimentá-lo.—Meu nome é Luíza.

O rapaz ainda se recuperava das pancadas que tinha sofrido, com um olhar descontente, a cumprimentou.

—Luíza, não tenho prazer nenhum em te conhecer, mas meu nome é Mauros e por mais que tenha me batido, eu consigo distinguir uma pessoa boa de outra má, e pelo que me parece você não é essa segunda opção, então eu lhe desculpo.

A moça ficou muito sem graça, e já mudando o foco da conversa perguntou o que tinha ocorrido e como eles tinham se livrado de Lucas e Carlos , então os dois irmão começaram a explicar tudo antes de se encontrarem, e cada palavra que eles iam falando, Luíza ia ficando admirada com a atitude de Mauros, que apesar de não conhecer os garotos se arriscou para ajudá-los, ficaram lá por minutos, já estava tarde, e começava a esfriar quando Ane espirrou, Mauros olhou para menininha se abaixou e ficando na altura dela:

—Você já está com frio né? ela muito tímida balançou a cabeça afirmando. —Já está muito tarde eu acho melhor irem para casa, os pais de vocês já devem estar preocupados.

Danilo com tudo o que tinha acontecido se esqueceu de voltar para casa na hora que devia,e quando se deu conta já eram 20:00 horas , o garoto se desesperou pois sua mãe já tinha chegado em casa, e com certeza levaria uma bela bronca, Luíza vendo a agonia do garoto e com uma calma fora do comum disse que iria acompanhá-los até em casa e conversaria com a mãe deles, e já aproveitando o gancho pediria autorização para que eles começassem a frequentar a ONG.