SIX

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VI

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VI. | I WANT TO BE HEARD

A família e os vassalos tinham partido havia oito dias quando Jocelyn se encontrou à beira de um ataque de nervos como nunca antes em sua vida. Desde o momento em que os demais partiram de volta para Porto Real, a princesa se viu exposta a um mundo com o qual não estava nem um pouco habituada. Por mais que a irritasse admitir, seu pai estava certo, e ela não estava preparada para ser a lady de um castelo, não quando mal sabia pensar rápido o bastante para rever os números que a visita real havia custado para Winterfell.

Não havia discussão, todos os Meistres e Septãs que já cuidaram de sua educação concordavam que a jovem era péssima com tudo que envolvia cálculos matemáticos, já tendo chegado a fugir de muitas aulas para passar o dia explorando, escondida, os jardins reais junto de Gael e Indra. Em compensação, nunca houveram reclamações sobre sua aptidão para os ensinamentos sobre a história e a geografia dos continentes. Um resumo detalhado de desde a Conquista de Aegon até a Dança dos Dragões? Ela teria prazer em organizar. Uma análise sobre custos e finanças? Estava quase arrancando os cabelos.

- Sor Damon, se foram comprados vinte barris de cerveja, significa que o preço permaneceria o mesmo caso nem todos fossem esvaziados? - Jocelyn questionou o cavaleiro parado à porta do cômodo, sem tirar os olhos dos papéis em sua mesa

O homem era Sor Damon Arvik, um hábil membro da Guarda Real o qual o rei havia convocado para cuidar e proteger sua filha mais velha durante sua estadia em Winterfell. Robert podia confiar nos Stark o tanto que fosse, mas não ao ponto de deixar o presente que Lyanna lhe deu sem uma proteção de total confiança naquele extenso Norte. Jocelyn simpatizava com o rapaz, loiro e alto, com doces traços da Campina, e uma personalidade nem tão extrovertida.

- Hã...eu temo que sim, Vossa Graça. - Respondeu com o cenho franzido, esperando que uma pergunta dessas fosse um pouco óbvia, porém não comentaria isso com a princesa

Tal resposta fez a garota imediatamente erguer a cabeça do papel que vinha encarando há um longo tempo, juntando as sobrancelhas em um semblante confuso.

- Sério?

O cavaleiro assentiu um pouco incerto.

- Isso é ultrajante, e se não gostassem da cerveja?? - A ideia parecia inacreditável para Jocelyn, compreensível se lembrassem que algo assim não fazia tanta parte de sua realidade privilegiada

- Acredito que ainda a beberiam, Vossa Graça. - Ser Damon respondeu quase que com um dar de ombros - Se o estrago já foi feito, não há porque não se jogar...é o que ouço dizer. E, muitos homens prefeririam perder as calças a desperdiçar uma boa cerveja.

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