capítulo 24.

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Maitê me olhava profundamente enquanto eu acariciava seu rosto, fui aproximando mais meus lábios dos dela até finalmente toca-los, fechei meus olhos iniciando um beijo calmo. Ah como eu amava sentir aqueles lábios. Levei minha outra mão sobre sua cintura e puxei mais o seu corpo contra o meu. Nossas línguas foram se entrelaçando sincronicamente enquanto nossas cabeças mudavam de lado. Maitê levou uma de suas mãos sobre meu peitoral e a outra sobre minha nuca, ela deslizava suas unhas lentamente sobre a mesma. Nosso beijo foi ficando cada vez mais intenso, comecei a ficar totalmente excitado, sentia já o meu membro crescer dentro da minha cueca. Ela me deixava louco, queria arrancar sua roupa e matar todo meu desejo, mas isso não seria gentil da minha parte. Fui diminuindo a intensidade do beijo e o finalizei com um longo selinho em seus lábios. Abri meus olhos e Maitê fez o mesmo, ela mordeu o lábio inferior enquanto sorria.

- Sabia que você tem um sorriso lindo. – Falei olhando em seus olhos.

- Sempre quis dizer o mesmo para você. – Ela levou uma de suas mãos molhadas sobre minha bochecha e acariciou a mesma, em seu olhar tinha uma ternura que nunca tinha visto em alguém. Maitê sorriu parecendo um pouco sem graça, tirou a mão sobre minha bochecha e saiu de perto indo para trás, olhei para ela.

– Onde está indo? – Perguntei.

– Eu vou dormir. Boa noite, Mike. – Disse ela com um sorriso de lábios fechados, nadou até a escada da piscina e subiu seus poucos degraus saindo da mesma. Fiquei observando ela enquanto sumia de vista.

(...)

Já estava a espera das crianças no ponto de encontro. Iria vir alguns sobrinhos meu juntos para o passeio em Neverland. Alana foi a primeira a chegar das meninas, quando se aproximou para me beijar, rapidamente desviei seus lábios dos meus.

- Ei! Porque fez isso? – Perguntou com o cenho fechado. Não consegui beija-la, não queria fazer aquilo depois do que aconteceu comigo e Maitê na noite passada, me sentiria um lixo se beijasse-a.

- Estou gripado, não quero passar para você. – Fechei uma de minhas mãos e levei a minha boca fingindo uma tosse.

- Ok. – Disse Alana não parecendo convincente. Atrás de Alana, avistei Agnes e Maitê vindo em nossa direção, elas conversavam alegremente como sempre.

- Bom dia. – Disse as duas juntas ao se aproximarem de nós.

- Bom dia. – Falei encarando Maitê por alguns segundos lembrando do nosso beijo da noite passada, ela pareceu não reparar meus olhos fixos nela. – Como passou a noite, Maitê? – Perguntei, as meninas me olharam com indiferença. Até eu estranhei o fato de ter me referido apenas ela, já que tinham as outras ali, mas já era tarde demais.

- Muito bem e você?

- Ótimo. – Sorri para ela. Maitê olhou na minha direção, mas com o olhar fixo atrás de mim.

- As crianças chegaram. – Disse ela segurando a mão da amiga e a puxando passando por mim e Alana.

- Porque perguntou aquilo para ela? – Escutei a pergunta de Alana e olhei para ela.

- Aquilo o que?

- "Como passou a noite, Maitê?" – Ela falou tentando imitar minha voz e fazendo uma careta.

- Eu não falo dessa forma. – Falei dando alguns risinhos. – Vamos, as crianças chegaram. – Falei passando por Alana e andando na direção de Maitê e Agnes que recebiam as crianças.

Apresentei meus primos para as garotas e logo começamos o passeio, como sempre, eu e Maitê ficamos animando as crianças, achava lindo a forma como ela as tratava. Antes de conhecer Maitê, sentia algo por Alana, ela era uma garota linda, inteligente e simpática, pelo menos comigo, mas depois de Maitê, as coisas mudaram. Ela foi me conquistando aos poucos com aquele seu jeitinho meigo e tímido de ser, nunca havia encontrado uma mulher como ela. Nós sempre nos divertíamos quando estávamos juntos, me sentia normal, sentia que era apenas o Mike e não o Rei do Pop Michael Jackson, ela me fazia sentir assim. Maitê sempre deixava em mim aquela sensação de quero mais. Quero mais estar com ela, quero mais beija-la, quero mais sair com ela, quero mais ela, mas não sabia se ela sentia o mesmo. Não sabia se eu abalava ela como ela estava me abalando.

A fãWhere stories live. Discover now