03- O Gordo Drácula Que Não Flutua.

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Gerard nunca foi uma pessoa lá muito social, pois por ser um vampiro e não poder sair durante o dia poderia levantar muitas suspeitas caso arranjasse muitos amigos - o que sua família duvidava que conseguiria arranjar, pois ele realmente era muito esquisito até mesmo para um vampiro-, ele seria sujeito a mentir mais e a omitir mais coisas. Isso se tornaria uma bola gigante de neve vindo diretamente contra o seu pequeno treno. Então ao invés de ter muitos amigos, ele tinha suas HQ's, os livros de Mikey e a Frank, um garoto pequeno e amante de hard metal. O seu único amigo, o único humano que mantinha contato, o único que não acreditava em si.

Depois de implorar para que Donna ligasse para Frank e o convencesse a ir até sua casa, Gerard sorriu aliviado quando sua mãe fez a proposta de torta de amora e banana. Ela normalmente fazia isso apenas nos aniversários de Frank, o que rendeu a o Way uma pequena pontada no peito. Seu mãe teve que usar sua maior arma para trazer seu melhor amigo até sua casa.

— Quando ele ficar chateado depois de descobri que eu menti sobre fazer a torta preferida dele, acho bom você ter uma ideia melhor do que controlar mentes. — Donna disse frustada por ter cedido aos desejos do primogênito.

Não que ela acreditasse que qualquer plano de Gerard fosse dar certo, ela só estava um pouco irritada de te-lo em seu pé insistindo duramente. Donna sabia que Frank era esperto demais para levar seu primogênito a sério, mas ela adorava o baixinho e não queria que ele pensasse que estava se envolvendo naquela situação com Gerard. Talvez ela fizesse um pequeno pedaço de torta para o punk.

Quando Frank bateu na porta e Gerard a abriu, ele soltou o ar frustado.

— Ah não! — Ele gemeu ao ver os olhos do amigo esfumado de novo. Frank preferia mil vezes que o amigo apenas tivesse se tornado um emo, não um projeto de maníaco.

— Dessa vez eu tenho certeza que você vai acreditar em mim. Confie em mim Frank. — Gerard segurou as mãos do Iero o arrastando até o seu quarto no segundo andar.

— Você está sendo muito persistente com isso. Achei que seus dois neurônios já tivessem voltado a funcionar. — Frank resmungou, mas quando procurou Gerard com seus olhos o viu, hum, se preparando para correr? — O que você pretende fazer?

O Way não respondeu, ele apenas começou a correr em direção a sacada do seu quarto e se jogou de lá. Frank ficou desesperado assim que ouviu dois baques preocupante. Ele correu até a pequena mureta da sacada e olhou para baixo. Oh merda. O Way estava pendurado pelas roupas em um galho da grande arvore, dois galhos consideravelmente grossos acima estavam quebrados.

— GERARD?! GERARD VOCÊ ESTÁ VIVO? — Iero gritou sentindo suas mãos tremendo pelo nervosismo. Gerard olhou para cima e avistou um Frank totalmente pálido e assustado e merda, que diabos! — GEE!

No pouco tempo que o idiota-Way havia se distraído com o desespero do punk, ele não percebeu quando suas roupas cederam e ele foi de encontro ao chão.

Frank correu como nunca na vida, pulando quantos degraus suas pernas pequenas conseguiam para chegar o mais rápido à porta do hall de entrada. Quando ele alcançou a porta que dava acesso ao quintal, havia uma árvore ferida e seu melhor amigo também ferido.

— GERARD ESTÁ ME OUVINDO? — Donna e Mikey já estavam no seu encalço a essa altura, os gritos afobados de Frank preocupando os Way's.

Gerard gemeu e se virou para o lado, fazendo sinal e positivo com a mão esquerda. Ele sentia dolorosamente todos os membros do seu corpo atingidos pela madeira da árvore.

— Merda. Que diabos você tem na cabeça?! — O punk continuou a falar sem esperar realmente uma resposta. Gerard esquecendo-se um pouco da dor para prestar atenção no rosto com várias expressões de Frank. — Por que você leva essa idiotice tão a sério? Você poderia ter morrido! Porra Gerard o que está havendo com você?! Sempre foi um estúpido idiota, mas isso definitivamente foi o limite. Oh merda, você está sangrando!

Frank ainda tremia e em seus olhos estavam formando lágrimas. Ele se sentia tão nervoso! Sua mente pensando nas mais diversas possibilidades de morte que seu amigo teve. Ele se afastou de Gerard não conseguindo encara-lo. Sentia tanta vontade de soca-lo mesmo vendo o estado deplorável em que ele se encontrava.

Donna tomou a frente para cuidar do primogênito e Mikey olhou aquilo com um pouco de humor, mas nada o suficiente para transparecer. Frank se sentou na grama contra a parede da casa, passando as mãos pelos cabelos tentando se acalmar, ele sentiu algumas lágrimas rolando pelo seu rosto. Seu melhor amigo havia se jogado da janela do segundo andar. Não era algo nada fácil de engolir, mas presenciar aquilo tornava as coisas ainda mais difícil. Ele não percebeu quando Mikey havia se sentado ao seu lado, o olhando com preocupação.

— Hey Frank, fique bem, pois Gerard está. — Ele apontou para o irmão sentado olhando com receio para Donna que apontava o dedo para seu rosto enquanto fazia as piores ameaças (ela provavelmente concretizaria todas elas) para o primogênito. É, ele realmente parecia bem apesar dos cortes na pele, mas o punk ainda estava em choque e sem a mínima sanidade para lidar com Gerard nesse momento. Ele abraçou Mikey e passou por Donna e Gerard sem olha-los e voltou para a sua casa.

NOTAS DA AUTORA:
Tenham dó de Frank, please.
Qual seria a reação de vocês no lugar dele ao ver o seu/sua melhor amigo(a) se jogando de uma janela no alto?

Quero avisar que Conforto está pronta, mas eu sou muito insegura sobre postar o resto dos capítulos.

Eu Sou Um Vampiro (Acredite Em Mim!). FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora