26 - LEO: PEDIDO DE SOCORRO

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Aquila era uma cidade calma, exceto pelas idas e vindas dos Giants alados. Vega havia nos dito que guerreiros de Cormeum não ficam em Aquila por um acordo antigo que o lorde teve com o rei sem nome, ela não soube explicar o que era, mas que seria seguro por enquanto ficar por ali.

Limpamos a casa em que estávamos, o cheiro estava ruim para que conseguíssemos dormir ali com aquela sujeira.

Vega estava sentada na escada com Amandi ao seu lado e Lyn em frente a elas roendo as unhas. Lesath estava sentado numa cadeira ao lado da mesa e eu em outra.

— Isso está ficando chato! — disse Lyn. — Quanto tempo mais ficaremos aqui?

— Quanto tempo for necessário — respondeu Lesath.

Ainda era tarde e todos os dias depois que chegamos em Aquila Lesath fechava seus olhos como se fosse dormir e não dizia uma única palavra, e mesmo que perguntássemos não se explicava.

Mas desta vez ele não ficou muito tempo, e gritou.

— Alium!

Lesath se levantou depressa e vestiu seu capuz, todos fizemos o mesmo.

— Parece que teremos um pouco de diversão agora! — disse Lyn sorridente.

Ninguém havia dito nada, apenas seguiram Lesath, eu também não o fiz, ele havia dito o nome de Alium, o tom que ele usou para dizer seu nome, era como se estivesse preocupado com ele, e aquilo não me agradava.

Ele saiu da casa e o seguimos, Vega me encarava com a sobrancelha arqueada e olhos cerrados, era como se falasse "Não estou entendendo, e você?", agitei a cabeça para os lados respondendo em negação que também não sabia.

Lesath estava subindo as escadas às pressas, dávamos passos largos até que Lesath começou a correr.

— Mas que merda é essa? — Lyn de sorridente começou a também estranhar a situação.

— Vamos falar com o lorde de Aquila! — disse Lesath enquanto acompanhávamos ele correndo. — Iremos atacar Cormeum hoje!

Depois de alguns metros, chegamos em frente a um grande casarão de madeira em que não haviam janelas, e a entrada não possuía porta.

Dois homens altos e magros estavam segurando espadas longas, pareciam extremamente atentos para quais queres inimigos que pudessem aparecer por ali.

Lesath foi em direção a entrada, e os dois guardas bloquearam o caminho com o corpo.

— Preciso falar com Leira — disse Lesath retirando seu capuz e revelando seu rosto, no instante os guardas saíram da frente abrindo caminho e acompanhamos Lesath.

Havia um grande salão com duas mesas compridas e bancos que se estendiam em torno das mesas, algumas pessoas estavam conversando em tom baixo espalhadas por elas.

E do outro lado do enorme salão uma visão que eu nunca esqueceria uma mulher esbelta e de cabelos enrolados curto estava sentada numa enorme cadeira de madeira revestida com tecidos que se parecia mais com um trono, atrás dela, cortinas vermelhas de ponta a ponta bloqueavam a visão do outro cômodo. A mulher era diferente de todas as pessoas que eu já havia visto, seu cabelo possuía uma cor branca intensa e volumoso, seus olhos eram totalmente brancos, sem íris e pupila, ao seu lado sentados em cadeiras menores, duas crianças muito parecidas, um garotinho que deveria ter uns 8 anos e ao seu lado uma garotinha de cabelos compridos, também de cor branca, e o que era mais curioso, eram os olhos deles, como os da mulher...totalmente brancos e a pele deles, eram escuras como barro.

O salão ficou ainda mais silencioso quando todos encararam Lesath andando em direção a mulher.

— Meus homens não fariam tanto silêncio por alguém que não fosse Lesath. — A voz dela era grossa, mas extremante agradável de se ouvir.

Os Gigantes de ArmaduraWhere stories live. Discover now