Capítulo Quarenta e Nove

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Oliver acordou devagar, sentindo seus músculos reclamarem. Seu corpo exausto vibrava em uma dor nenhum pouco incômoda. Respirou fundo e, ao se colocar com as costas no colchão, seus músculos voltaram a reclamar e, por esse motivo, ficou por alguns minutos naquela posição. Quase uma semana havia se passado desde que a esposa levou aquele tombo. Desde então, ela ficou mais cuidadosa do que já era, e ele passou a ser mais observador do que antes. Não queria admitir, mas realmente, que havia acontecido o assustou. Ele não gostava de deixar a esposa sozinha, sendo quando tomava seu banho, cozinhava, ou simplesmente descia as escadas. Sentia um aperto no peito só de imaginar o que poderia acontecer, caso ela se machucasse, e estivesse sozinha, sem ninguém para ampará-la, ajudá-la, ou levá-la ao hospital. E era por esse motivo que ele estava passando mais tempo em casa do que na QC. Não havia contado o motivo, mas seu pai concordou em cuidar de tudo até sua volta.

Quando seus olhos se abriram, o loiro rolou com um leve suspiro de contentamento, imediatamente sorrindo ao se deparar com a visão de sua linda esposa nua e adormecida. Ele não se cansava em observá-la durante algumas horas, depois de acordar. O rosto sereno, o sono tranquilo, o respirar leve, os cabelos espalhados pelo travesseiro – quando não estavam espalhados por seu peito –, a mão na barriga levemente ondulada, indicando a gravidez.

Ele admitia para si, que eles estavam tendo muito sexo. Os hormônios da gravidez estavam deixando a esposa incrivelmente excitada. Ela praticamente se tornou uma viciada em sexo, mas Oliver não reclamava, nem por um momento, afinal ele gostava – e muito – dessa nova Felicity. Era extremamente tentador, vê-la tão sexy – isso quando ela não estava extremamente irritada por conta de algum enjoo. Como se apaixonar por aquela mulher? Pensando, enquanto a observava, o Queen tinha certeza de que não tinham tido relações sexuais com tanta frequência desde antes do casamento. Se lembrava bem da lua de mel, que havia sido extremamente gostoso, em todos os sentidos. Sorriu ao se lembrar de que na noite passada, sua esposa tinha finalmente ficado satisfeita depois que ele a presenteou com quatro orgasmos, e Oliver ficou meio aliviado, porque ela oficialmente o cansou. Nem viu o momento em que pegou no sono, ou se lembrava do momento em que ela havia caído em um sono tão profundo que o dele.

Começou a acariciar, gentilmente, sobre a barriga na qual já apresentava sinais de seu estado. Eles ainda não se mexiam, o que era um tanto irritante em sua opinião. Mas ele sabia que ainda estava cedo, era a sua ansiedade que não conseguia deixar de pensar que estava demorando demais para isso acontecer. Todos os dias, ao acordar, mesmo que não sentisse seus filhos se mexer, Oliver conversava com eles. Para alguns pode parecer estranho, mas para ele era algo incrível. Havia feito o mesmo na gravidez das gêmeas, por que não faria com a dos trigêmeos? Eles eram esperados com tanto amor, desde que descobriu querer Felicity por perto pelo resto de sua vida, ele a imaginava grávida, imaginava a barriga crescendo, ele falando com o filho ou a filha, sentindo-os se mexer. E ele pensava no quanto coisas maravilhosas o aconteceram, porque ele não teria apenas um filho com a mulher que mais amava naquele mundo, mas três. Sorriu, acariciando aquele mesmo lugar com o polegar.

— Olá, baby's. – Ele murmurou, abaixando-se para pressionar um beijo carinhoso na barriga de sua esposa. – Bom dia. Como vocês dormiram na noite passada?

Eles não se mexiam, mas isso não fazia com que Oliver desanimasse em falar com eles, sempre que podia. Felicity adorava ouvir. Quantas vezes, quando estava trabalhando em casa, na intenção de ajudar um pouco seu pai, ela não se sentava ao lado dele, e pedia para que ele falasse com os bebês? Isso a acalmava. Quando estava nervosa, quando tinha desejos completamente perigosos como da vez em que insistiu em comer marisco cru, carne crua, amendoim – algo que é alérgica – e para a surpresa do casal, whisky. Oliver quase não acreditou quando ela perguntou se podia tomar um gole, e mesmo sabendo que sua esposa estava tendo mais um desejo, ele negou veemente, sabendo o quão perigoso era tomar bebida alcóolica durante a gravidez.

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