Dian - O Príncipe Dos Mortos

CAPÍTULO VINTE E SETE - DIAN

"Eu era o relâmpago antes do trovão" - Thunder, (Imagine Dragons). 

Eu estava ajoelhado no chão, não conseguindo sentir os movimentos do meu corpo. Thuam era uma fortaleza, forte e poderoso. Meus espíritos e entidades eram dissipadas quando tentavam se aproximar do macho. Eu sou incapaz de vencê-lo sozinho, Morgana estava certa. Thuam é um dos Reis Soberanos, muito poderoso para ser vencido por um simples mestiço com magia profana. 
Eu não queria falhar com minha filha, eu sabia que ela estava bem. Eleonor é uma fêmea corajosa e incrivelmente leal a Corte Intraterrena.

— Admiro a sua coragem. — disse ele, caminhando lentamente na minha direção. — Lutar por uma criança inútil que fala com animais é patético. Você deveria lutar por Reinos, por uma coroa e não por propósitos errados.

Propósitos errados? A criança era minha filha, sangue do meu sangue. O meu tesouro mais precioso no Mundo, ela era meu verdadeiro propósito. Uma descarga de adrenalina percorreu meu corpo, mesmo cambaleando luto para ficar de pé.

— Minha filha, a minha família é meu verdadeiro propósito.

Thuam sorriu, esbanjando seus dentes pontiagudos e extremamente afiados. Ele conseguiu dilacerar uma parte do meu braço direito apenas com uma mordida.

— Eu não tenho tempo para brincar de guerrear. Eu tenho uma reunião importante com os Reis Soberanos e um plano para executar.

Thuam começou a circular, tentando encontrar uma maneira de adentrar meu escudo. Meu braço latejou quando desembainhei minha adaga. Inferno, cerrei os dentes sentindo a dor dilacerante percorrer até minha alma.

— Está sentindo muita dor? Eu fiz questão de atingir seu braço. Cortando os nervos e rasgando o músculo. Está difícil segurar essa adaga? — Olha-me com prazer obscuro. — Desista garoto, governe ao meu lado.

— Nunca!

— Resposta errada.

E com um estalar de dedos tudo acabou, minha magia desapareceu e meus espíritos… Engulo em seco, eles seguem em direção do Rei dos Mortos.

— Você está no Meu Mundo, Príncipe de Chamber. Os espíritos e os mortos me pertencem, tudo aqui é meu.

Thuam torna-se escuridão, seu corpo é coberto com uma névoa assustadora. O Rei dos Mortos não tem pressa, ele gosta de causar terror nos seus adversários. Talvez, o medo possa fortalecê-lo. No entanto, pensar em falhar com ela, com minha adorável Emmaline, me faz sentir um medo descontrolado. E não tenho vergonha de dizer o quanto minha luta contra o Rei dos Mortos foi ridícula. 
Posso ter anos de treinamento, mas Thuam tem milênios. Nunca vou conseguir sozinho! 
O Rei dos Mortos conjurou uma espada feita de chamas negras, ele estava pronto para me matar quando um raio forte atingiu o Salão. A claridade queimou meus olhos, fazendo-me abaixar a cabeça.

— Você… — Rosnou Thuam. — Sua criança insolente.

— Não toque em meu Escolhido.

Morgana? Não, você está grávida. Ficou louca? Imediatamente tentei me levantar, mas meu braço direito pulsou, fazendo-me arfar de dor.

— Que inferno.

— Dian…

Quê? Viro-me meu corpo, Mayo corria na minha direção, jogando-se no chão com suas mãos brilhando. Essas fêmeas perderam o juízo?
Uma luta impressionante acontecia a nossa frente. Thuam atacava tão rápido que mal conseguia acompanhar os movimentos do Rei. E Morgana? Pelos Deuses, nunca presenciei uma fêmea com movimentos de luta tão ferozes e rápidos. 
Ela bloqueou um golpe da espada do Rei com as próprias mãos, girando seu corpo para golpear um chute no quadril do Rei. Thuam cambaleou para o lado, rosnando de raiva.