Capítulo 29 ( JAMES )

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           Eu e o lobo gigante corremos pela floresta, o vento massageia nossos rostos, seguro nos pelos do seu pescoço, ele é incrível. Nada parece o deter. Chego junto aos outros agora.
          – Olha quem chegou... – fala Endrews.
          Rose parece ter algum problema com seu lobo. Janine se aproxima majestosa montada em sua loba branca.
            – Você já escolheu o nome do seu?
            – Ou... ainda não. – Ela me olha com rejeição.
             – Você é mesmo devagar em Sr. Watson. – fala Gale se aproximando.
             – O nome dele será... – todos me olham, o lobo uiva agora, tão alto que para um humano normal seria ensurdecedor – Seu nome será, Feroz!
              Vamos de volta para casa, em poucas horas a noite chegará.
              – Não vai jantar? – Gale pergunta quando  me ver indo na direção dos corredores subterrâneos.
              – Preciso falar com meu pai.
              Deixo ela ir com os outros e vou até o quarto do alfa. Não caminho muito, o corredor é frio, posso ouvir os pingos de águas minando pelas paredes.
               – João? – resmungo sem frente a porta de madeira. – João?
               – Filho? – ouço sua voz antes que ele abra a porta.
               – Olá! – ele sinaliza para entrar.
               – Tudo bem?
               – Sim! – ele me analisa.
               – João, eu vou buscar minha filha nos seres da floresta.
               – Claro, você me disse uma vez que não arriscaria trazer ela para um lugar que não desse segurança para você. – seus olhos parecem marejados – Que bom que este é um lugar seguro!
                – Sim, Pai! – ele me abraça, não custa muito e o abraço de volta.
×××
                Ainda é noite, a lua brilha cheia no céu. Feroz, me espera na saída da caverna, ele me espera subir, logo em seguida começa a correr.
                O céu vai ficando claro, ouço um barulho atrás de mim, alguém parece me seguir.
                – Pare, Feroz. – observo em minha volta, algo sai da escuridão.
                 – James? – Eu conheço esta voz.
                 – Gale? – Franzo o cenho – O que faz aqui?
                 – Achou mesmo que eu iria perder esta aventura? – Ela sorrir.
                 – Não é uma aventura, eu só vou buscar a, Sophie.
                 – Sinto que será uma aventura.
                 – Griiiiix – reviro os olhos.
                 Uma manhã ensolarada começa se formar, Gale não para de falar um minuto.
                  – E quando finalmente aquele lobo caiu no chão, eu pulei na cabeça dele e....
                  – Chegamos! – enterrompo a história de sua grande luta contra um lobo branco.
                  – Ah... – Ela parece confusa – É tudo mato.
                  – Não, aqui é a floresta dos seres da floresta.
                  – Não tenho boas memórias dos seres da floresta.
                  – Vamos.            
                  Corremos pela floresta a dentro, não demora muito e alguns seres da floresta aparecem em nossa frente com suas lanças de aço e madeira.
                 – Eu sou o, James. – os cinco homens me encaram.
                 – E o menino? – um deles aponta.
                 – Ela não é... – olho para Gale.
                 – Sou uma garota seus babacas.
                 – Podem seguir.
                 – Orbigado!
                 Gale, encara os homens um pouco mais, alguns segundos e ela começa me seguir. 
                 Meu coração dispara ao chegar na Vila, fico tão feliz em saber que irei encontrar Sophie outra vez. Mas é inevitável, respiro fundo ao pensar em Katy.
                 – O que foi seu chorão? – Gale fica ao meu lado agora, bem mais baixa devido ao tamanho dos nossos lobos.
                 – Aqui foi o último lugar onde vi a Katy viva. – Ela fica em silêncio.
                 Feroz junto com o lobo de Gale ficam do lado de fora, entro na nossa casa, Flora toma um susto.
                – Oh... – Ela grita.
                – Flora, eu não quis te assustar!
                – Que bom te ver! – Ela corre para me abraçar.
                 Sou apertado com força pelo seu abraço materno. Posso ver Sophie deitada no colchão.
                – Venham, entrem!
                – Eu, eu não consigo! – lágrimas escorrem dos meus olhos.
                Dirrepente fico paralisado quando olho sem querer para o chão no canto da sala. Flora me olha calada, Gale abaixa a cabeça. Faço sinal negativo com a cabeça, respiro fundo, minhas pernas parecem bambiar.
               – James, temos muito que conversar.
               Seus olhos encontram os meus trêmulos e molhados.
               – Desculpa! – me lamento, enquanto ela se aproxima – Achei que tinha superado, eu não consigo.
               – Enxugue as lágrimas. – Ela segura minha mão – James, nossa menina está viva!
               – Flor... – Ela sorrir, pareço não digerir a informação direito – Eu... o quê?
               – O que vimos, foi um clone. – lágrimas escorrem dos seus olhos também, sua voz luta para não cambaliar – A verdadeira Katy está na cidade franciscana.
               – Tio James? – Sophie, levanta devagar do colchão.
              – Meu amor!
               Abro os braços, logo ela me agarra, Gale sorrir, parece mais surpresa que eu.
              – Tia Katy, esteve aqui, ela vôo comigo! – seus olhos brilham como dois diamantes.
              Me viro para Flora, como é possível? Meu coração dispara quando penso que ela está a alguns quilómetros de distância.
              – Ela não é mais a menina que conhecemos, ela parece uma deusa de tão poderosa.
              – Eu não consigo acreditar.
              – Agora vamos poder ficar juntos? – a mão pequena ser Sophie, desliza em meu rosto barbudo.
              – Sim! – Sinto um pesar que nunca sentir. Algo parecido com medo. Mas, por que ter medo da minha esposa? – Eu preciso dar uma volta, Gale? – Ela me olha emocionada – Fique aqui com elas.
              Saiu da casa, Feroz me encara, ele levanta debaixo de uma árvore que quase mantinha o corpo dele todo na sombra.
              Uma voz sussurra em meus ouvidos – JAMES! – um vento corre em direção ao Sul, borboletas aparecem no caminho do vento. – Ava. – vou em direção ao vento, as borboletas voam me guiando para o grande salão da floresta.
               As portas se abrem, as borboletas voam para o tronco de árvore logo atrás de Ava. Meus olhos encontram os seus, a mesma voz parece sussurrar outra vez em meus ouvidos.
              – Ava? – Eu sei que ela pode ver se é verdade.
              – Sim, é verdade!
              Ela levanta da cadeira, descendo os degraus um por um. Borboletas voam em sua volta.
              – Eu não consigo...
              – Não precisa entender nada. – seu corpo caminha lentamente pelo salão – Ela vai precisar de você. James?
              – Oi! – posso ver uma borboleta pousando em seu dedo.
              – Você precisa está na cidade franciscana. Coisas terríveis estão para acontecer.
              – Eu irei.
×××
             Corro em direção a casa, não consigo parar para respirar.
             – Precisamos ir para cidade franciscana agora.
             – O quê? – pergunta, Gale.
             – Eu sabia que iríamos ter uma aventura! – Gale, parece bem empolgada
              Saindo da casa os lobos se aproximam, apoio Sophie atrás de mim, ela alisa ele, Feroz parece gostar da Sophie. Flora vai com Gale, parece meia na defensiva. O lobo começa a andar e Sophie sorrir.
               – Eu amo você!
               – Eu também!

Mutantes Vol. 3 KATASTROPHE o finalOnde histórias criam vida. Descubra agora