Praça do sufoco

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– Sam, eu preciso te contar uma coisa sobre o papai.

Eu olho para ele um pouco assustado com as coisas que tomam meu pensamento, por que meu pai estava tão irritado durante o café, pensei, o que fez ele ficar assim, será que Erick e eles brigaram e isso causou as batidas que havia ouvido antes?

– Você tem que prestar mais atenção nele. – Erick falou enquanto dirigia. – Hoje ele teve mais um daqueles ataques de raiva.

– O que ele fez dessa vez? – Papai é muito estressado as vezes até hoje eu não sei porquê ele é desse jeito, mas não espero que nem meu maior inimigo fique perto dele quando ele está alterado desta forma. – Ele te machucou?

– Sobre isso. – Ele segurou o volante com uma mão e levantou o braço direito mostrando um enorme arranhão que ia do ombro até o bíceps. – Não intencionalmente.

– Ele fez isso com você? – Ainda dava pra ver um pouco de sangue escorrendo. – Isso foi hoje?

– Sim. Ele jogou o vaso da mamãe na parede e como eu estava muito próximo da parede acabou que alguns pedaços voaram em mim. No meu braço. – Ele olhou para o braço ferido. – Ele só pediu desculpas e disse que estaria me esperando na porta.

– E por que ele fez isso? Não me diga que não tem um motivo.

– Eu disse a ele que iria sair do time de futebol para começar a focar nas aulas de música. Ele começou a dizer que esse meu pensamento era inadmissível. Disse que não teria futuro algum se seguisse com isso. – Nunca soube que Erick assistia à aulas de música. – Disse que eu seria um fracasso na vida. E culpou nossos avos por alimentarem esse meu sonho dês da minha infância.

– Uau. Isso é terrível. Nunca vi você tocar nada. – Realmente, nunca tinha visto ele tocar qualquer coisa. – Você vê as aulas na escola?

– Eu sempre me dei bem com a música. Estou aprendendo a tocar violão, bateria e teclado nas aulas de música com a Sra. Yolanda.

– Yolanda? A professora de biologia te ensina música?

– Sim. Comecei ano passado. Ela não é profissional, mas é muito boa e está me ajudando muito.

– E por que você não me falou antes?

– Você sempre estava babando o ovo do Papai. Contava qualquer coisa a ele. – Isso era verdade, eu sempre fui muito próximo dos meus pais, sentia que podia contar tudo a eles mas parei de fazer isso quando tinha 11 anos. – Não podia contar a você Sam.

– Tudo bem. Pelo está me dizendo isso agora. – Ele sorriu. – Pode me fazer um favor?

– Claro maninho. – Ele era um bom irmão, eu só não tinha percebido antes. – Fala aí.

– Pode me buscar na casa da Bella hoje as sete?

– Você me espera na praça. Beleza?

– Beleza.

Chegamos no estacionamento da escola, Erick estacionou o carro em uma vaga próxima ao portão de grades da escola, eu peguei minha mochila cinza e com broches de alienígenas, saí do carro, me despedi de Erick com um aceno de mão e fui em direção a minha sala no térreo.

– E aí Sam! – Sophie puxou a alça da minha mochila por trás, me levando na direção dela, eu me viro para falar com ela.

– Oi Sophie. Nunca mais tinha te visto na escola. – Sophie era uma ano mais velha do que eu, ela é a namorada de Bella, ela se mudou pra cá quando começou a namorar acho que vai fazer 6 meses que elas estão juntas. – O que estava fazendo dessa vez?

My dear and beloved secretDonde viven las historias. Descúbrelo ahora