Vampiro - Andarilho das Sombras

Capítulo 7

Eu e Sofia continuamos como amigos e nada mais aconteceu entre nós.
Hoje infelizmente temos aula.

Resmunguei: - que ótimo! Mais um dia aturando aqueles humanos.

Sofia me escutou.

- Admite logo que você os adora.

- Ah é claro! Não consigo viver sem eles! - falei com sarcasmo.

- Literalmente Alec. Sem eles, nós não teríamos o sangue necessário.

Depois da conversa, fomos pra faculdade.

Estou andando pelos corredores quando Vanessa me para.

- Ei bad boy dos olhos azuis, como está?

- Olá Vanessa, estou bem.

- Estava pensando... será que estaria afim de ir até minha casa depois da aula?

Isso poderia ser interessante. Preciso de um pouco de diversão.

- É claro. Me encontra nesse mesmo corredor depois que terminarmos.

Ela sorriu e saiu.

- Olha só! Meu maninho já arrumou outro brinquedo.

- Victoria de onde você veio?!

- Ah, estava passando por aqui e acabei ouvindo a conversa.

- Já entendi.

- Mas, mudando de assunto. Soube que Camilly está na cidade.

Arregalei os olhos. É verdade, tenho que avisá-la do perigo que está correndo.

- Victoria, não se aproxime dela.

- E por que não?

- Ela é perigosa e quer vingança depois de eu ter matado o namorado dela.

- Interessante. Mas se ela tentar qualquer coisa, eu simplesmente vou arrancar o coração dela.

- Sabe que ela é mais velha que nós, e sendo mais velha, também é mais forte e experiente.

- Eu sei disso, e não tenho medo.

Ela sai andando pelos corredores.
Alguns segundos depois, o sinal bate para o começo das aulas.

O dia passou devagar, mas finalmente havia acabado. As aulas foram um tédio, já havia feito faculdade a tempos atrás e ouvido aquilo tudo milhares de vezes.
Sofia disse que vai pra casa. Então agora estou esperando Vanessa no lugar combinado.

- Ei Alec, estou aqui. Vamos?

- Vamos sim.

Chegando lá, entramos e ela fechou a porta já me beijando, me empurrou até seu quarto e me jogou na cama. Quando fui jogado, Vanessa pegou uma agulha e aplicou um líquido em mim. Eu já deveria saber! É erva pra vampiro! Me senti tão fraco que não consegui fazer mais nada além de ficar deitado.

- Te peguei vampiro! - Ela solta uma risada sinistra.

- Então você sabe?

- É claro! Sou caçadora de vampiros e estou trabalhando para Camilly.

- Eu já deveria saber. Mas ela também é uma vampira!

- Sei disso, mas pelo preço certo, posso fazer qualquer coisa.

- Hum.

- É uma pena...

- O que?

- Eu ter que fazer isso, se não fosse vampiro, estaria mesmo caidinha por você.

Quase não consigo conversar, estou muito fraco.

- Eu... reconheço... meu... charme.

Ela ri e chama por Camilly.

- Ora ora... Então você conseguiu mesmo capturar Alec Mason. Achei que você fosse mais esperto Alec.

- As aparências... enganam... Camilly.

Levo um soco no rosto e desmaio.
Algumas horas depois:

- Acorda logo Alec! - Vanessa grita. - Está na hora da diversão.

Abro os olhos e percebo onde estou.
É uma sala enorme com aparelhos de tortura e eu estou amarrado em uma cadeira de choque.
Tento desesperadamente me soltar, mas em vão.

- Não vai conseguir se soltar, as cordas que estão te segurando, estão repletas de erva pra vampiro.

- Camilly... me tira... daqui agora!

Ainda estou fraco e tenho que fazer muito esforço pra conseguir falar.

- Isso não vai acontecer.

Ela puxa a alavanca me fazendo tomar um choque horrível. Mas não tenho forças nem para gritar.

- Eu vou te fazer sofrer Alec Mason.

Mas então a porta daquela sala é arrombada por Victoria, logo atrás vejo também Sofia.
Dá para acreditar?! As duas trabalhando juntas pra me tirarem dali.

Victoria usa sua velocidade de vampiro para chegar perto de Camilly e jogá-la pra longe de mim.

- Sofia cuida dessa loura idiota e ajuda meu irmão!

Ela corre até Vanessa e a ataca, fazendo-a desmaiar com um golpe.

- Ei! Fica acordado, vou te soltar.

- N...não! As cordas... tem erva pra... vampiro.

Então Sofia percebe o que estou tentando dizer e me solta utilizando uma faca, tomando cuidado pra não me machucar e para não se queimar.
Quando estou finalmente desamarrado, tento me levantar e acabo caindo e desmaiando novamente por causa da fraqueza.

Acordo já em minha cama, olho para os lados e vejo minha irmã e minha amiga sentadas.

- Até que em fim acordou maninho.

- Por quanto tempo eu fiquei apagado?

- Três dias.

- O que?!