CAPÍTULO 13 - MÁGOAS

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JANE

Acordei meio sonolenta por ter chorado a noite toda.

Me senti impotente ao presenciar aquela cena horrível.

As palavras martelam minha mente de uma maneira ruim e dolorosa.

Eu te avisei.

Meu sub-consiente insiste em me deixar mais pra baixo do que já estou.

Me levanto e vou tomar banho, tirar todas as impurezas de ontem a noite.

Me pego pensando todas aquelas vezes que ele disse que gostava de mim.

Será que realmente gostava ?

Essa dúvida continuará sendo duvidosa.

Me seco e coloco minha roupa. Passo apenas um corretivo pra tapar as olheiras de uma noite mal dormida.

Está cedo, e irei pegar o ônibus depois do café porque não quero encontrar com ele, pois sei que virá e tentará se explicar.

Desço e minha mãe está sentada. Pensativa com uma cara estranha.

-- Bom dia mãe. Ela me olha e sorri.

-- Bom dia filha. Você está bem? Seu rosto é de preocupação.

Concordo ela levanta e vem me abraçar.

-- Eu já fui jovem. O que você tem filha ? Sorrio fraca.

-- Nada mãe. É só que.. dormi mal a noite passada. Ela me abraça.

-- Entendo. Se precisar conversar eu tô aqui tá. Ela sorriu fraco. Eu assenti.

Comi e me despedi dela.

Fui direto pra parada do ônibus que veio assim que cheguei.

Agradeci mentalmente por isso.

Depois de 15 longos minutos eu cheguei no campus.

Estavam todos normais. Nenhuma novidade sobre a noite passada ou brigas.

Estavam todos de óculos, de ressaca, por terem bebido a noite inteira.

Entrei e todos continuaram conversando. Alguns me olhavam, outros passavam.

Eu realmente não estou nem aí pra pensamentos alheios.

Fui pra minha sala e as garotas estavam sentadas, conversando e por um milagre não estavam rindo.

-- Olá meninas. Elas vieram me abraçar.

-- Oi Jane. Como está ? Um nó se formou na minha garganta.

-- Estou bem. Sorri fraco.

-- Não, não está. Senta aqui. Sentei entre as duas, nos temos as mãos e Letícia começou a rezar baixinho. Só elas pra me fazerem rir.

O professor Lucas entrou e deu a aula normalmente.

Deu a hora do almoço. Fomos na lancheria.

Entramos e estavam alguns calmos. Conversando outros rindo.

Olhei pela cantina e avistei o grupinho de problemas da faculdade.

Eu e as garotas fingimos que não os vimos. Pegamos nossos lanches e sentamos longe.

Fiquei de Costas, mas sentia seu olhar em mim. Eu sabia que era ele. Mas não me virei em momento algum.

Comi e olhei pras garotas que estavam olhando para trás de mim. O silencio reinou.

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