Capítulo 3

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        Minha amiga ouve sem interromper, porém logo me conta que sua avó tinha adoecido e que só estaria em casa amanhã, minha única escolha era dizer que esperaria.
       Me sentei em uma banqueta que havia ao lado da feia cama. O moço que chegou dormia, não um sono tranquilo, mas cheio de gemidos e angústia.
      — Senhor, voh passar a noite aqui falo para o policial que me trouxe — onde vou dormir? — pergunto já sonhando que por falta de lugar poderiam me liberar.
         Sonho de pobre dura pouco não é? Logo ele para de pensar, sei disso porquê seus olhos estavam perdidos, então me responde.
       — Aqui não é hotel senhorita, divide a cama ou dorme no chão! — naquela altura comecei a pensar que a morte seria mais fácil, na cama tinha o bêbado e no chão as baratas. Continuei naquela banqueta perdida nos meus malditos pensamentos, entre eles é que o maldito no mínimo devia estar sangrando até agora.
      Não demorou muito tempo para que o moreno se levantar, com os olhos perdidos de quem não sabe onde está. Me olha com um olhar de assombro e faz um tour para cela.
       — Quem é você? — diz ele ainda com olhos perdidos, então os fecha por instantes e ao reabrir a única coisa que vejo é tristeza.
      

Feliz Dia Dos Não NamoradosOnde histórias criam vida. Descubra agora