A Noite é dos Espertos

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Ao ver Emma se afastando, Will aperta o passo e alcança a amiga.

— Já vai? — ele questiona a loira, que meneia a cabeça, antes de se aproximar do ouvido do rapaz e dizer:

— Estou com um pouco de dor de cabeça. Faz tempo que não escuto música com essa altura. — gesticula. — Obrigada pela noite!

— Tem certeza de que não quer nos esperar? Daqui a pouco estamos indo, também.

— Não, não... Está tudo bem, Will! Eu tenho um número de Táxi, que sempre carregou o pessoal da minha família... Não se preocupe! — diz a loira, convencendo o amigo.

— Me mande mensagem quando chegar? — ele disse, antes de depositar um beijo na testa de Emma e afastar-se da loira.

Swan saiu da boate retirando o resto de tinta que ainda estava em seu rosto. De acordo com que ia secando, a pintura ia ficando rígida e que facilitava na hora de retirar. A loira parou em frente a porta principal e buscou por seu celular. Digitou o nome de Paul, o taxista que sempre levava Norma e Josh às consultas com o Neurologista.

Ao levantar a cabeça, enquanto levava o celular até o ouvido, Emma avistou a “Mulher Gato” parada, um pouco mais a frente, encostada em um poste. A loira sorriu e, enquanto ouvia o “tu...tu...tu...” da chamada, ia se aproximando da morena.

— Resolveu ir, também? — a morena questionou, fazendo Emma sorrir e menear a cabeça.

— Não tem mais nada que me interessa aí dentro. — disse Emma, dando de ombros e retirando o celular do ouvido, ao perceber que a chamada havia caído. — E você? Pensei que já tivesse ido... Seu filho te deixou para trás?

— Não! Nós viemos em táxis diferentes, porque moramos muito distantes um do outro e então, fica fora de mão. — explica, olhando Emma nos olhos. — Só que eu não estou conseguindo um Táxi. Até agora, não passou nem um por aqui.

— Um absurdo, não acha? Eles sabem que essa região tem muitos barzinhos e sempre tem muitas pessoas... — Emma, novamente, tentou ligar para Paul. — Eu tenho um “Táxi Amigo”, estou tentando falar com ele. Você mora para que lado?

— Moro na Zona Sul, e você?

— Eu também... Posso te deixar na sua casa, se quiser. Isso, se eu consegu... Oi, Paul? É a Emma! Será que você pode me pegar aqui na... hum...

— 6th Ave. — diz a morena.

— Na 6th Ave, por favor? Isso... Estou na porta da boate The K. Claro, tudo bem... Abraços! Até! — exclamou Emma, antes de desligar.

— Em-ma... — a “Mulher Gato” disse, pausadamente, arrancando um sorriso de Swan. — É um nome muito bonito...

— Obrigada! — a loira agradeceu, aproximando-se um pouco mais. — E qual é o seu nome?

— Qual nome você me daria? — ousada, arqueou uma das sobrancelhas, intercalando o olhar entre os olhos e os lábios da loira.

— Hum, não sei... Lana? Você tem cara de Lana. — Swan diz, e a vez da morena sorrir.

— Me chamo Regina. Mas, Lana é um nome bonito! — revelou Regina. — Será que podemos dividir o Táxi, mesmo?

— É claro, eu não estava brincando quando disse... — Emma falou, e logo viu Paul se aproximando. — Será um honra lhe acompanhar.

— Digo o mesmo, Emma!

As duas adentraram o carro e, enquanto o homem dirigia, Regina ia dando as coordenadas de qual caminho seguir para chegar em sua casa. A morena tinha um jeito delicado de apontar, puxava os dedos com calma e mantinha a mão junta ao queixo, enquanto aguardava o novo momento de indicar a próxima entrada. Emma analisava cada detalhe da morena; os lábios grossos, a pequena pinta acima deles, os olhos médios e castanhos. A maneira como Regina falava, deixava a loira intrigada. Ela era uma pessoa fechada, dava para perceber.

Pintando o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora