Tentado

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"Bom dia, gatinho."

Os olhos pesados de Dean se abriram, tudo era um borrão, em seguida, fecharam novamente. Era muito esforço acordar, ele mal conseguia abrir os olhos. Se aconchegou mais profundamente nos braços quentes em torno dele, o edredom aconchegante sobre ele, não querendo se mover. Ele estava tão confortável que poderia ter cochilado para sempre. Uma risada profunda retumbou no peito duro debaixo de sua bochecha. "Gatinho?"

"Pare de me chamar assim." Dean resmungou, sem entusiasmo. Ele esfregou seu rosto contra o peito em que estava tentando dormir, aproveitando o calor, a pulsação constante. Dean não se lembrava de já ter acordado assim antes. Amparado. Protegido. Seguro.

Um dedo ergueu seu queixo, e Dean forçou seus olhos sonolentos a se abrir. Ele encontrou-se olhando para um intenso olhar azul que parou sua respiração, seu estômago apertou, a garganta ficou seca somente com aquele olhar. Ele estava aconchegado em um homem quente e abrasador que estava acordado e concentrado nele. Cabelo preto, olhos azuis, corpo poderoso. Sorriso perverso. O homem era muito familiar.

Dean congelou. Ele agora percebeu em quem havia se aconchegado com tanta confiança. Castiel. Feiticeiro. Seu captor. O homem com a intenção de reivindicá-lo para sempre como seu servo. E Dean estava agora cativado por todo o seu corpo delicioso, quente, musculoso.

Dean devia estar fora de sua mente. Porque estava sentindo uma vontade traiçoeira de lamber todo o corpo desse homem. Ele se perguntou qual seria o gosto dessa pele embaixo de sua língua. Se os músculos iriam contrair-se quando os lambesse.

"Dormiu bem?" Os olhos de Castiel apertados nos cantos com diversão. Talvez pudesse dizer que Dean atualmente estava fantasiando por ele.

Dean não disse nada. Na verdade, tinha dormido a noite passada melhor do que jamais se lembrava, como um fugitivo, nunca teve uma noite de sono decente. Irônico que tinha dormido tão profundamente nos braços do homem que era mais perigoso para ele.

Se ele admitisse que gostava de partilhar a cama com Castiel, talvez ele nunca o deixasse sair. Dean queria ficar, mas relutantemente retirou-se para o seu lado da cama. Estava frio.

Não, não era o seu lado. Ele não podia se dar ao luxo de pensar assim. Não ficaria ali na cama com um feiticeiro, que era muito perigoso. Se ele cedesse e deixasse Castiel reclamar seu corpo, sua magia, sua alma, estaria enfrentando uma vida de escravidão. Como um incubus, seria o brinquedo de Castiel, seu servo, sua fonte de poder. Não um igual. Nem mesmo uma pessoa.

Não. Nenhuma parte deste mundo era seguro para ele.

"Tire a coberta." Disse Castiel. "Eu quero olhar para você."

Dean encolheu debaixo do edredom. Ele estava nu debaixo dele, não atrevia se expor. Ele não podia deixar esta situação ficar mais íntima. Ele mal estava resistindo a Castiel como estava.

"Comporte-se." Castiel advertiu. Uma palavra nesse tom de aço poderia desmoronar a determinação de Dean tão facilmente. Ele não conseguia entender como Castiel o fazia querer obedecer.

Lentamente, com relutância, Dean tirou as cobertas de cima de si, expondo seu corpo nu para os olhos famintos de Castiel. Dean tinha suas mãos em punho para que Castiel não as visse tremendo. O calor que acendeu na expressão de Castiel roubou a respiração do Dean, foi a avaliação preguiçosa de alguém ansioso por uma refeição deliciosa. Um prêmio para ser degustado, saboreado, deliciado. Dean estremeceu, agradavelmente apavorado.

"Oh, você é lindo." A voz de Castiel caiu para um rosnado. "Todo sonolento e tentador. Eu gostaria de mantê-lo assim durante dias. Nu na minha cama." Seus olhos quentes se arrastaram lentamente de cima a baixo no corpo de Dean. "Eu poderia fazer todos os tipos de coisas para você. Eu sei que é inexperiente. Você precisa aprender algumas lições."

Incubus » Destiel VersionWhere stories live. Discover now