Destinos Cruzados (Em Revisão)

1. Prólogo

3 anos atrás...

      O fogo consumia a casa, a fumaça encobria toda a minha visão, senti o desespero tomar conta de mim, como se eu não pudesse mais respirar e com o coração disparado corri em direção a porta de entrada da minha casa. Eu gritava como um touro ferido, como um pai que via seu filho partir da forma mais cruel, alguém tão inocente, poderia morrer daquela forma?! Mas antes que eu alcançasse a porta, senti mãos me segurarem com força para que eu não entrasse naquele breu de fogaréu que engolia o domicilio e tudo ao seu redor como uma brasa sem fim.

- Nãoooooo! - gritei, mas já era tarde demais. Minhas vistas ficaram turvas e o sentimento de culpa por ver a casa sendo consumida pelo fogo com o meu filho dentro me deixou arrasado, antes que eu cedesse mãos me amparam... Eu parecia ter perdido os sentidos, alguém ligou para o bombeiro e também para a polícia que veio acompanhado de seu batalhão.
O líder do grupo era o detetive Stevan um colega próximo que apareceu para acompanhar o caso e eu sabia que podia contar com a sua ajuda. Enquanto eles conversaram com os vizinhos que presenciaram toda a ação, a equipe de bombeiros fez todo o seu trabalho ao conter as chamas furiosas do fogo.
E eu continuava ali no chão sem forças, e enquanto isso alguém me entregou um copo de água. Tomei imediatamente, o que me ajudou a me levantar.

Stevan apareceu preocupado comigo, mas no momento a minha maior dor era saber que nunca mais veria meu filho.

- Eu sinto muito! _disse o policial, dando um leve tapinhas em minhas costas, em sinal de solidariedade e conforto. Aproveitei a oportunidade e pedi para que ele investigasse para mim como um bom policial  e colega de trabalho quem havia feito aquilo e o resto era para deixar comigo que eu mesmo daria um jeito, eu só precisava saber os nomes e o endereço de quem tirou a vida do meu bem mais precioso. A partir deste dia, que marcou a minha vida não esperei para ir em busca da vingança, enquanto a investigação na delegacia acontecia eu também buscava o culpado de forma secreta e consequentemente jurei que mataria cada um que haviam provocado aquilo e isso não demorou muito.

1 semana depois, descobri que havia sido Kadir um mafioso que decretei sua prisão há uns oito anos atrás e que fez tudo como uma forma de retaliação a maior operação que nossa equipe coordenou contra a máfia em que ele era o chefe.

...

Eu sabia que era muito difícil ter acesso ao seu depósito numa área afastada da cidade, pois era cercado por seguranças fortemente armados, mas, eu tinha muita experiência com invasão devido a anos de treinamento e depois de trabalho. Eu arquitetei tudo para que a minha entrada fosse da forma mais silenciosa possível e então entrei no meu carro e parti em direção a minha missão.

Cheguei no depósito dos assassinos me esgueirando em silêncio pelos cantos e o primeiro homem que vi atirei pelas costas, com a arma no modo silencios, o que facilitou o meu trabalho e continuei a andar até chegar na sala onde possivelmente Kadir estava acompanhando de mais seguranças. Era impossível entrar na sala dele com tantos seguranças, então eu atrai a atenção dos mesmos para fora, ao fazer barulho na porta. Eu mataria um por um assim que eles saísse, e, aconteceu como o planejado, porém, um deles pareceu perceber que estava acontecendo algo anormal ali e avisou ao seu chefe e não poderia deixar ele escapar.
O homem até tentou fugir, mas, sua fuga não teve sucesso, pois eu o acertei com um tiro na sua perna esquerda, o que impossibilitou Kadir a correr, ouvi seu grito de dor ecoar pelo ambiente insalubre, o que não me comoveu de maneira nenhuma, a vontade que tive naquele momento foi de acabar com sua vida de uma vez só, sem chances para murmúrios, mas isso seria muito fácil para ele e eu estava afim de brincar mais um pouco. Fui atrás dele que correu para uma sala que tinha várias caixas empilhadas parecia ser um armazém, o local fedia a gasolina e a cigarros, quando ele vê que não tem mais pra onde fugir, para e olha para o lado tentando achar uma saída, porém não encontra nada, está encurralado e sabe disso.