She And He | Fillie

Roller Coaster

Millie P.O.V

Ainda estirada na cama, pude ouvir a campainha tocar. Ajeitei o meu cabelo, mas planejava despachar quem quer que fosse. Quer dizer, exceto ele.

— Oi. — Falei sem graça.

— Oi. — Adentrou a casa, sem que eu antes convidasse.

— Hey! Licença?! — Ri, trancando a porta.

— A gente precisava conversar. — Se sentou no sofá, passando a mão sobre o tecido da calça.

— É, eu sei. — Suspirei, me sentando ao seu lado. — Então... Sobre o que, quer falar exatamente? — Perguntei, tentando não transparecer que estava nervosa.

— Talvez, sobre termos dormido juntos ontem? — Fez cara de deboche.

— Oh, sobre isso. — Sorri de lado, encarando fortemente suas sardas. — Você falou com a Ayla? — Perguntei.

— Sim... Não. — Olhou pra baixo.

— O que?! Como não? Eu fui só uma diversão pra você? — Perguntei.

— O que?! Millie, eu te disse. Você se altera demais. — Riu. — Você não foi só uma diversão. — Sorriu.

— Ah, não? — Não segurei um sorriso.

— Nunca foi. — Se aproximou, tocando lentamente minhas mãos.

— Então... Quando vai falar com ela? — Me afastei, ele parece decepcionado.

— Quando voltar. — Suspirou. — Estranhamente, ela tem uma prima, que precisa da sua ajuda. — Deu de ombros.

— Uau. Isso é... Específico. — Rolei os olhos, pra baixo. — O que acha de um... Café? Sem compromissos. — Sorri de lado.

— Claro. Só um café. — Sorriu junto.

Noah P.O.V.

Estava nervoso. Ansioso. Descontrolado. Sentado no sofá da minha sala, passei os olhos sobre o relógio central, observando as horas. Ele estava só atrasado. Não é? Deve ser.

Me levantei para tomar água. Céus, suava como um porco. Encaminhei-me ao filtro, agarrando um copo, despejando o líquido lá dentro. Encarei o recipiente com água, o remexendo com a palma de minha mão. Isso era estranho. Diferente. Acho que, nunca gostei tanto assim de alguém. Levei o copo a minha boca, dando um gole na água. Me engasguei assim que ouvi o barulho da campainha.

Deixei-o em cima da pia, e fui feito um jato para porta. Destranquei  a mesma, dando de cara com um moreno, aparentemente aflito.

— An... Oi! Pode entrar. — Abri a porta do meu pequeno apartamento. — Você quer... Beber alguma coisa? — Perguntei.

— Não, obrigado. — Sorriu gentilmente, se sentando no sofá.

Passei a chave pela porta, me pondo ao seu lado.

— Você queria conversar... Sobre o que era, exatamente? — Eu sabia exatamente o que era. Mas, iria deixa-lo falar.

— Sobre ontem, eu... — Interrompi.

— Veio se explicar não é? Olha tudo bem. Não precisa se dar ao trabalho de romper... Na verdade, nunca existiu nada. — Disse negando com a cabeça. — Sim, a gente pode fingir que nada disso aconteceu e... — Dessa vez ele me interrompe.

— Noah calma! Eu não quero romper com você. — Riu fraco.

— Oh, não?  — Um sorriso bobo, surgiu nos meus lábios.