Renascimento

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Olá queridas leitoras, voltei o mais rápido que consegui. Desejo que apreciem esse capítulo, nos encontramos no final, beijos!

P.O.V. Callie Torres

Tive uma das piores noites da minha vida, quase não consegui dormir, passei a maior parte do tempo velando o sono de Arizona. Depois de me contar tudo a respeito do seu último relacionamento e expor suas cicatrizes a loira se entregou a um choro compulsivo e acabou adormecendo em meus braços depois de tanto chorar

Doí só de imaginar todas as coisas que ela viveu naquele relacionamento abusivo, senti um ódio tão grande, que se visse essa Amélia Shepherd na minha frente eu a teria enforcado com minhas próprias mãos. Quando Robbins citou seu nome ele me pareceu familiar e isso não sai da minha mente.

Tive total liberdade de lhe fazer qualquer pergunta a respeito das coisas que a mesma me confessou, porém eu congelei, tudo que consegui foi chorar junto com ela e lhe dizer que a amo. E para minha surpresa ela disse que também me ama. Pra ser mais exata, a jovem usou as mesmas palavras que meus pais pronunciaram em um sonho que tive com eles.

Meu coração errou todas as batidas no momento em que ela se declarou, senti uma enorme descarga de adrenalina cruzando todas as minhas veias e minha mente não parava de reproduzir o som da sua voz me dizendo aquelas palavras.

-- Amo-te para sempre e mais um dia. -- Parecia um sonho.

A noite passada parece ter sido uma espécie de pesadelo, nesse momento tudo está meio confuso em minha mente. Como aquela mulher foi capaz de comentar tamanha atrocidade? Me senti um pouco incomodada por lembrar das vezes em que tentei avançar as coisas, me senti envergonhada. Será que alguma vez forcei a barra sem perceber? Estava tão envolvida com meus pensamentos que não percebi o momento em que Arizona saiu do quarto.

-- Bom dia. -- Sua voz manhosa chamou minha atenção. -- Que horas são? -- Perguntou caminhando em minha direção.

-- Bom dia. -- Sorri ao vê-la. Seus cabelos estavam amarrados em um coque mal feito. -- São seis e meia. -- Respondi voltando minha atenção ao que estava fazendo.

Levantei muito antes de Arizona, não aguentava mais remoer a conversa da noite passada. Nunca passou pela minha cabeça que aquele era o real motivo dos seus medos e agora que sei não paro de pensar. Vim até a cozinha e comecei a procurar por certos ingredientes, queria lhe fazer um café da manhã surpresa e isso só seria possível com os famosos pães de canela. E para minha sorte achei quase tudo que é necessário para se fazê-los.

-- Esse cheiro é o que estou pensando? -- Ela perguntou com um enorme sorriso nos lábios.

-- Sim. -- Sorri ao responder. -- São seus pães preferidos. -- Pisquei em sua direção.

-- Amor você não para de me surpreender. -- Apoiou os braços no balcão, esticando seu corpo em minha direção. -- Me beije. -- Olhei em seus olhos por um instante e a beijei com delicadeza. Ao me afastar ela mantinha os olhos fechados enquanto sorria abertamente.

-- Quero que volte para a cama e me espere lá. -- Pedi e ela ameaçou falar.

-- Shiii. -- A calei. -- Vai e me espera lá. -- Falei firme e ela rapidamente se levantou.

-- Sim senhora. -- Respondeu fazendo continência, me fazendo revirar os olhos.

Enquanto preparava nosso café decidi que a parte da manhã seria dedicada a ela. Quero que a loira tome seu café na cama, desejo desfrutar de sua companhia e quero que ela sinta o quanto é importante e especial. Liguei para Richard e disse que não iria para Coffees and Books, que talvez fosse no período da tarde, pois estava resolvendo algumas coisas pessoais. Ele até questionou se era sobre a queimadura e eu o tranquilizei dizendo que estava tudo bem, apesar de estar sentindo um pouco.

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