Capitulo 17: Paqueras antigas sempre voltam

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                             Dias se passaram desde que meus pais estando em outro país me colocaram de castigo, eles viram um stories postado por mim no instagram onde eu estava rebolando junto com as meninas no baile da gaiola. Minha mãe entrou em uma espécie de investigação (site de fofoca) para descobrir o que eu andava fazendo, resultando no bloqueio dos meus cartões de créditos até a volta deles, por sorte eu tinha comprado roupas igual uma louca, o que significava que eu teria looks para exibir até o final das férias. Mas por outro lado eu não poderia gastar muito nas noitadas e nem nos passeios, pois o dinheiro que eu tinha guardado era uma quantia de R$20.000, o que se esvaía igual água em meus passeios e festas. Meus planos para hoje era dar um passeio pela Lagoa Rodrigo de Freitas e depois jantar em algum restaurante por ali. Visto minha bata branca junto com minha saia jeans, calço meus tênis Slip On da Adidas com estampa de flores, coloco meu óculos de sol da Cartier, branco, e pego minha bolsa transversal de tricô da Saint Laurent. Parto para a Lagoa, aproveito e aprecio a bela vista no final da tarde. Eu andava pela pista de caminhada em direção as quadras esportiva, onde tinha um parquinho e alguns bancos. Me sento em um deles e observo os rapazes que jogavam bola em uma das quadras. Sabe eu ando me sentindo muito solitária, tudo que eu mais quero é alguém que realmente goste de mim, as vezes eu me sinto mal, quando lembro que fui tão fácil para aqueles homens, mas é apenas a forma a qual eu preencho o vazio que há em mim, esse pequeno vazio, alguns podem falar que é carência, mas eu sei que não é. Esse vazio é a falta de ter alguém só para mim, e o que mais me dói, é saber que eu tive esse alguém, Gabriel, se eu pudesse voltar no tempo, eu tenho pensado muito nele ultimamente, em como as coisas poderiam ter sido diferente com nós dois, se eu tivesse dado valor. Mas é como diz aquela famosa frase " Só aprendemos a dar valor, quando se perde". Uma lágrima rola de meu rosto. Foi como se tivessem ligado uma torneira em meus olhos, eu só sabia chorar sem parar, era uma forma de eu soltar minhas emoções, pois as vezes eu me canso de ser forte. Algumas pessoas que passavam me encaravam com um olhar preocupado, mas eu me mantinha sentada de cabeça erguida, obvio que meu Cartier disfarçava minha cara de choro. Quando dei por mim, tinha um rapaz parado em minha frente me encarando, confuso. Era Gabriel.

- Gabriel! Levantei-me de pressa e fui abraça-lo, abracei com todas as minhas forças, como se ele fosse a ultima bolsa Chanel do mundo. O mesmo estava com seus cabelos bagunçados, vestindo uma regata preta que marcava seu belo físico, que pelo jeito ele estava mais musculoso que antes. Ele me olhou confuso mas depois deu um sorriso tímido.

- Quanto tempo em! Como você está? Perguntou ele se sentando ao meu lado.

- estou bem! E você? Digo passando a mão em meu rosto.

- Bem também. O que faz você aqui?

- Eu vim dar um passeio e você?

- Eu estava jogando bola com os rapazes. Disse ele, sorrindo.

- Topa jantar comigo? Digo isso quase sem perceber, o mesmo me olha surpreso. O que eu tinha acabado de falar, como eu era idiota e aleatória, ele vai pensar que enlouqueci.

- Topo. Ele sorri para mim e me observa com seus lindos olhos azuis. Fomos até um dos quiosques da lagoa, pedimos uma porção de bata frita com frango e calabresa, e enquanto nosso pedido não vinha, ficamos sentados em uma das mesas conversando.

- Me perdoa. Digo cortando o que ele estava me dizendo sobre o seu ultimo campeonato de futebol.

- Pelo o que? Perguntou ele. Ele só poderia estar se fazendo de idiota. Agir como se nada entre nós tivesse acontecido, como se eu não tivesse magoado ele.

- Por não ter te dado valor, quando você quis algo sério comigo! O encaro, o mesmo me olha surpreso levantando suas sobrancelhas e em seguida dando um sorriso de canto.

Maliciosa e LetalOnde as histórias ganham vida. Descobre agora