O Destino de Haru!

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Haru conheceu Ashura e Indra quando estava indo para o quarto reservado para ela por Hagoromo, acabou esbarrando em algo e se viu indo para o chão. Felizmente seu braço infantil foi segurado por alguém apenas um pouco maior que ela.

- Nii-san! Por que você me bateu? – Uma voz perguntou.

- Preste mais atenção quando corre! – Outra resmungou.

Haru se viu diante de duas crianças, aparentemente alguns anos mais velhas do que a forma que Haru tomara. Uma delas esbarrou em Haru enquanto corria e o outro a segurou.

- Eh! – O mais baixo exclamou enquanto olhava Haru atentamente.

- Oi! – Ela disse com um sorriso.

- Qual é o seu nome? De onde você vem? O que faz aqui? – Ele a encheu de perguntas e levou um soco na cabeça, dado pelo irmão maior.

- Itai nii-san! (Doeu irmãozão)

- Peça desculpas primeiro.

- Desculpa. – O mais baixo pediu fazendo bico enquanto massageava a cabeça.

A doce e melodiosa risada de Haru foi ouvida pela dupla e ambos tiveram suas faces coradas por fazer a pequena rir tanto.

- Eu sou Haru, sou uma convidada e ficarei até o fim do inverno. – Ela lhes contou sorrindo.

- Eu sou Ashura e esse é meu irmão mais velho, Indra. Vamos brincar? – Ashura disse e já saiu arrastando a pequena Haru.

Haru estava feliz, brincava como uma verdadeira criança, divertia-se bastante, e acabara ficando mais apegada a Indra (mesmo ele sendo tão expressivo quanto uma rocha). Por mais que o animado Ashura fosse divertido, era Indra que cuidava dela. A protegia das aventuras perigosas de Ashura e reclamava quando ela não se alimentava ou dormia bem. As vezes, quando Ashura estava de castigo, Indra ia para a sala dos pergaminhos ler alguns e logo Haru o acompanhava, sentia-se feliz perto do mesmo.

Certo dia, Indra notou que sua nova amiga parecia cansada, muito cansada. Ele esperou que ela reclamasse, mas ela continuava correndo e brincando com Ashura... Ashura não notara. Haru passara os dias mais lenta e bocejando com frequência e dormindo mais que o normal, Indra achou que a mesma talvez estivesse doente e foi pedir conselhos a seu pai que sorrindo pediu que Indra a deixa-se dormir. E impedisse Ashura de acordá-la.

E assustadoramente, Haru dormiu por dias deixando um Ashura desesperado e um Indra preocupado.

Ambos os irmãos foram interrogar o pai sobre o que Haru tinha e a resposta os assustara.

- Ela está muito bem, apenas descansando para efetuar seu trabalho na primavera.

Ambos os irmãos estranharam, mas deixaram estar.

Continuaram a invadir o quarto da jovem todos os dias para ver se a mesma estava melhor e acordava.

Quando o inverno estava prestes a acabar, Haru acordou. Indra e Ashura haviam acabado de entrar em seu quarto e assistiram com espanto a pequena criança brilhar em rosa e se tornar uma jovem e bela mulher. Ela lhes sorriu e em um turbilhão de pétalas das mais diversas flores desapareceu.

Durante toda a primavera os irmãos não a viram, mas seu pai lhes dissera que Haru estava a trazer a primavera pelo mundo e quando enfim a primavera acabou, Haru voltou alegre e sorridente para seus amigos. Ashura a olhava admirado enquanto Indra escondia a admiração.

Haru diante deles voltou a forma de uma criança e despencou cansada nos braços de Indra... E assim se seguiu por anos.

Ela amava esses humanos, ela os protegeria de todo o mal.

IkigaiWhere stories live. Discover now