A primeira Encarnação... A escuridão chega!

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Sakuya nasceu em uma família simples em meio a uma guerra horrenda, aos 7 anos viu seus pais serem mortos e foi levada como escrava por um clã inimigo. Aos 10 anos era a escrava pessoal do líder do clã. Seus exóticos e belos cabelos róseos e olhos verdes garantiram que sobrevivesse, visto que o líder mal podia esperar que a pequena garota se tornasse uma bela mulher. Ele não queria que ninguém a tocasse, pelo menos não ainda, não quando ela ainda não estava suculenta, como o mesmo dissera tantas vezes, mas, isso não o impedia de torturar a pequena escrava... Ora, o mundo era terrível naquela época, suas estações eram apenas calor e inverno, ela não conhecia a primavera ou o outono... Se o chão não estava rachado, quente e coberto de sangue; ele estaria branco, frio e coberto de sangue.

Sakuya já tentara fugir algumas vezes e isso resultara em um corte grave em seu pescoço, não a matando, porém danificando sua laringe e impedindo-a de voltar a falar. O mundo era tão cruel, a jovem garota se perguntava em pensamentos o que fizera aos deuses para merecer tanto castigo.

Então, certo dia, um clã poderoso apareceu.

O clã Uchiha.

Não foi uma batalha e sim um massacre.

Até mesmo alguns escravos acabaram mortos e Sakuya foi capaz de se esconder. Claro que se ela fosse uma mera humana comum teria sido encontrada, mas ela não o era, embora não soubesse disso.

Foram horas depois que ela pode sair do seu esconderijo e vagou pela floresta com uma faca em mãos, perdida, ainda com dores de seu ultimo encontro com seu ex-mestre antes do mesmo morrer. Sakuya queria ser forte para desejar a morte, mas o simples pensamento de abandonar a vida a enojava. Por mais que ela não suportasse viver, não tinha coragem de morrer.

A rosada vagou sem destino até que encontrou outro campo de batalha a sua frente... Ela estava tão exausta de guerras e mortes... Em meio a tanto sangue e corpos ela localizou o de uma criança e chorou amargamente. O que os deuses estavam fazendo que não viam isso? Ela se perguntava sempre.

Sakuya decidiu ir embora do lugar, mas não podia deixar o corpo de uma criança em tal estado. Ela localizou assustada uma insígnia de um clã nas roupas do menino... Senju ela identificou. Enrolou o corpo da criança, que não aparentava mais que sete ou oito anos, em um lençol que encontrara largado por aí naquele campo e decidiu levar o garotinho. Se fosse meu filho, eu gostaria de poder enterrar seu corpo... Ela pensava enquanto caminhava para lugar nenhum. Foi por sorte ou azar que Sakuya se encontrou cercada por Shinobis do clã Senju. Então ocorreu que talvez eles a acusassem de matar o garoto e inconscientemente ela abraçou o corpo embrulhado com mais força.

Então, ao avistar entre os shinobis a sua frente, algumas crianças, ela caiu de joelhos e chorou. Por que o mundo era tão cruel com as crianças?

Mesmo sob inúmeros questionamentos e ameaças a sua vida, Sakuya desembalou o corpo e viu a surpresa vir daqueles ao seu redor. Um dos Senju se aproximou da rosada a avaliando, ela não parecia uma guerreira, nem pertencente a nenhum clã. Suas roupas eram visivelmente de uma escrava e a cicatriz em sua garganta deixava claro que ela só estava viva por sorte, o corpo era muito magro e desnutrido e em seus estavam o peso do mundo. O homem Senju deu uma ordem silenciosa a seus homens e pegou a criança morta dos braços da pequena garota. Um dos membros do clã pegou Sakuya no colo e mesmo sob os protestos desesperados da menina (ela se debatia assustada) não a soltou.

Sakuya sequer vira quando chegara a uma pequena aldeia, muito bem escondida por sinal, e ela percebeu que ali estavam os membros do clã... Ela temeu por sua vida.

A rosada observou os homens ao seu redor se dispersarem cada um para um lado e o que a segurava seguiu o homem que carregava a criança, não demorou muito para ela entender que aquele era o líder do clã.

IkigaiWhere stories live. Discover now