Capítulo 8

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Olá meus amores <3 
Estou de volta :D
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Bem, vamos ao que interessa!

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O semestre recomeçaria em breve. Eu gostava muito do meu quartinho, mas não gostava nada da maneira como me olhavam e se eu levaria essa vida, precisava de privacidade, mas também de segurança.

Com o que eu havia ganho depois da cirurgia da minha mãe, que por sinal havia sido muito bem-sucedida, eu já seria capaz de alugar um apartamento pequeno. Com essa ideia, passei o restante do dia procurando na internet.

Entrei em contato com uma imobiliária e pedi para irmos visitar alguns apartamentos que havia visto no site. Sair da pousada era minha prioridade.

Após várias visitas, me apaixonei por um apartamento pequeno, de um dormitório, sala, cozinha e banheiro. Simples e perfeito. Já na segunda-feira eu enviaria os documentos para a locação.

***

Que coisa estranha! Eu jurava que tinha trancado minha porta! Pensei ao chegar em frente ao meu quarto na pousada. Olhei para os lados mas o corredor estava vazio. Respirei fundo, segurei a chave entre os dedos médio e indicador em uma arma improvisada e entrei.

Encontrei tudo revirado e o envelope com os bônus que o Dr. Ronaldo havia me dado durante esse período, rasgado em cima da minha cama e vazio. Verifiquei cada canto e não havia ninguém. Com cuidado tranquei a porta e coloquei uma cadeira apoiada contra ela.

Um suspiro estrangulado fugiu de mim e as lágrimas fluíram. Juntei o restante do dinheiro que eu guardava em outros lugares e só com ele eu não conseguiria meu apartamento!

— Que merda! — praguejei.

Coloquei o vestido, que havia pego na agência para o evento dessa noite, pendurado no armário e o restante depositei sobre a cama.

Eu não poderia me dar ao luxo de chorar mais ou ficaria toda inchada para o evento de logo mais. Respirei fundo e fui ao banheiro lavar o rosto. Agora mais do que nunca eu teria que sair daqui!

Escondi o meu dinheiro em um rasgo no tecido do colchão e alisei a roupa de cama. Amanhã eu procuraria outra pousada. Pelo menos dinheiro para isso eu ainda tinha!

***

Às oito horas eu estava pronta e a espera do Dr. Ronaldo. Pontualmente seu carro parou em frente ao hotel, o motorista abriu a porta para mim e entrei.

— Boa noite Gabriella! Obrigado pela honra de sua companhia essa noite!

— Eu quem agradeço pela preferência — sorri para ele.

— Você me parece triste. O que aconteceu? Desculpe me intrometer, entenderei se não for da minha conta.

— Fui roubada hoje à tarde. Enquanto fui buscar os itens para hoje à noite, entraram em meu quarto e levaram meu dinheiro. Logo agora que eu ia conseguir sair de lá... — segurei a clutch um pouco mais forte do que deveria, abaixando meu olhar.

Dr. Ronaldo pegou um a de minhas mãos e o olhei.

— Menina, você é muito bonita e muito nova, morando sozinha em um lugar nada confiável. Ainda mais agora. Jorge é um amigo de longa data e me contou. Não vou pedir que seja mais do que minha acompanhante, não se preocupe. Me afeiçoei a você. Se parece muito com minha sobrinha que se casou e foi morar no exterior. Ela me acompanhava nos eventos antes disso. Raquel é minha única família, eu a tenho como uma filha. E quero poder ajudar você.

— Não se preocupe, Dr. Ronaldo. Vou mudar de pensão e isso vai passar.

— Você vai continuar a chamar a atenção de gente podre, ainda mais vestindo-se dessa maneira. Posso e quero ajudar você. Tenho várias propriedades e quero que vá morar em um dos meus apartamentos. Terá total privacidade. Prometo nunca passar do limite que estabelecemos aqui.

— Isso não é justo...

— Não se preocupe com isso Gabriella. Faço de coração. E vou pedir exclusividade para Jorge, assim você terá estabilidade. Pagarei as contas básicas e a apresentarei como minha sobrinha. Assim não ficará ruim nem para mim, nem para você e poderemos comparecer a muitos eventos juntos sem levantar suspeitas a nenhum de nós. — O fitava, boquiaberta.

— O senhor não é gente, é um anjo! — O abracei, emocionada.

— Vi muitas meninas como você se perderem na vida naquela agência. Isso tudo sobe à cabeça de quem é fraco e acaba em um caminho sem volta. Me prometa que não usará drogas, nunca. Essa é a única exigência que faço a você.

Senti meu sorriso crescer ainda mais.

— Isso não será um problema, senhor.

— Não me chame mais de Senhor ou doutor. Seremos como uma família e se vamos levar adiante a história que inventei, é bom que comece a me chamar de tio Ronaldo.

Ronaldo era um homem muito bondoso e pelo que eu havia pesquisado sobre ele na internet, participava de muitos jantares beneficentes e era um doador ativo em várias instituições. Eu seria apenas mais uma em sua longa lista de acolhidas.

— Obrigada por ter entrado em minha vida. Tio.

Após um tapinha carinhoso em minha mão, ele apanhou o celular. Entendi que nossa conversa estava encerrada e me aprumei no banco, olhando pela janela, dando a ele a privacidade necessária.

— Importa-se de se mudar amanhã, Gabriella?

Sobressaltei-me com a pergunta.

— Não senhor. Pode ser sim. Ficarei muito feliz em poder sair de lá o quanto antes.

Sorrindo novamente, ele deu instruções para a pessoa ao telefone.

— Às dezoito está bem para você?

— Sim senhor.

A felicidade tomou conta de mim, levando embora os resquícios do desapontamento que me tomava minutos atrás.

Logo ele desligou e bateu uma mão na outra, esfregando-as.

— Tudo certo. O apartamento fica a duas quadras da sua faculdade. Tem toda a segurança e privacidade que você precisa. Vão ajeitar tudo para que você se sinta bem e confortável. — O carro parou em frente a um lugar muito chique. — Vamos lá então. Você merece aproveitar bem essa noite. Considere o início de uma nova vida.

Peguei sua mão e a beijei.

— Obrigada novamente. Nunca imaginei que isso seria possível.

— Preocupe-se em passar em suas matérias na faculdade e em ficar linda para sair com seu tio — deu outro tapinha carinhoso sobre minha mão.

O motorista abriu a porta para mim e saí, aliviada e feliz.

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Continua <3

DESEJOS -Where stories live. Discover now