Capítulo 9

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Lena Luthor P.O.V

Não conseguia evitar que o sorriso bobo em meus lábios crescesse a cada vez que alguma lembrança daquele dia vinha em minha mente. Nunca me senti tão feliz como estava me sentindo nos braços dela, sabia que lá agora seria meu lugar preferido. Seu cheiro, seu toque, seu beijo…Tudo nela me embriagava e ao mesmo tempo viciava, eu estava dependente dela.

Abri a porta de entra da mansão sorrindo como nunca estive. Estela, nossa governanta cumprimentou-me com um boa noite, cumprimentei de volta e segui em direção as escadas. Meu sorriso morreu assim que vi meu pai parado no último degrau. Em goli em seco e tentei passar por ele.

–Sua vadia!–Segurou o meu braço e me fez lhe encarar.–Acha mesmo que estou brincando?–Seus olhos verdes estavam escuros, suas veias do pescoço estavam saltadas. Aquele não era o meu pai.

–Pai, me solta eu…

–Eu avisei a você que parasse de se encontrar com aquela coisa.–Apertou ainda mais meu braço me causando dor.–Você me desobedeceu. Olha essas roupas!–Puxou o vestido florido que Kara tinha me emprestado para voltar para casa, rasgando a peça.

–O senhor está me machucando!–Tentei me soltar mas ele era mais forte que eu.

–Vou machucar ainda mais, você e aquela aberração. Lena, você não sabe onde está se metendo.

–Eu amo ela!–Gritei, meu pai me soltou me empurrando para trás.–Eu quero me casar com ela, ter filhos com ela e tudo isso longe de você, seu louco!–Senti meu rosto arder e meu cabelo ser puxado.

–Cala essa maldita boca sua inútil!–Gritou com o rosto bem perto do meu. Fechei os olhos por alguns segundos e gritei de volta.

–Eu sou sua filha!

–Não, eu não tenho filhos. Você deixou de ser minha filha quando ficou com aquela desonrada.

–Você está doente!–Outro tapa, dessa vez mais forte. Senti o gosto metálico do meu sangue.

–Cala essa boca!–Fiquei em silêncio. Meu pai nunca tinha me batido daquela forma, quando eu era criança ele me chamava de princesa. Quando tudo isso mudou?–Troque essas roupas e venha para o jantar.–Me empurrou e eu cai no chão. Minhas lágrimas já molhavam meu rosto. Ele se afastou me deixando ali sozinha.

Não queria descer para o jantar. Queria fugir e voltar para a única pessoa que me consolaria e diria que tudo ia ficar bem mas não o fiz. Vesti qualquer vestido que eu encontrei e desci, encontrando com meu pai, sentado na ponta da mesa e James ao seu lado direito. Diferente dos outros dias, ele estava cabisbaixo e quieto. Limpei a garganta e cumprimentei a todos. James não respondeu nada, continuou remexendo em sua comida no prato em sua frente.

O único que parecia contente com aquele jantar era meu pai. Nem parecia que ele tinha me agredido minutos antes, conversava entusiasmado sobre suas ações. James levantou o rosto e me encarou, vi que seus olhos estavam vermelhos e inchados. Ele me encarou por alguns minutos me analisando, assim como eu estava fazendo com ele.

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