Sentimento.

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Marta
Acordo, olho para o lado vejo Rodolfo dormindo, não acredito que dormi aqui,  pelo menos estou vestida, isso significa que não aconteceu nada, me levanto tentando não fazer barulho para ele não acordar, mas não adianta, ele acordou e disse:
- Bom dia.
- Bom dia, por que você não me acordou ?
- Porque você já estava dormindo e não tem problena você dormir aqui.
- Tem sim.
- Não tem, eu queria que você tivesse passado a noite aqui por outro motivo.
- Não começa.
- Tá bom então, eu pelo menos ganho um beijinho de bom dia ?
- Não, com licença que vou para o meu quarto.
- Isso não vai ficar barato em, não esquece que vamos sair hoje de noite.
- Tá ok.
Fui para o meu quarto, tomei um banho rápido, mas lembrei que tinha esquecido o meu colar no quarto do Rodolfo, fui lá buscar. Chegando lá, bati na porta e ele respondeu:
- Entre.
Então entrei, ele  estava de toalha, o que me deixou com muita  vergonha:
- Eu só vim pegar meu colar.
- Calma, eu não estou te expulsando, eu te ajudo à procurar.
- Não precisa, você pode ir se trocar.
- Eu me troco depois, não precisa ficar nervosa com o bonitão aqui.
- MDS, como é convecido e eu não estou nervosa viu.
-  Ok, achei seu colar.
  Com o rosto virado, eu estendi uma das mãos e falo:
- Obrigada, me devolvê por favor.
- Só se você olhar pra mim.
- Não precisa, me devolve logo vai.
Ele me puxa, me deixa frente à frente com ele e diz:
- Agora eu te devolvo, mas como uma condição.
- Qual?
- Em troca de um beijo.
- Para vai.
- Parar o com o quê?
Ele chega mais perto, sua boca está bem próxima da minha, quando eu achei que ele ia me beijar ele diz:
- Eu só  vou te beijar se você me pedir.
- Eu não vou pedir nada.
Ele chegou mais perto, estava à um centímetro da minha boca e me disse:
- Certeza.
Eu não disse nada, apenas o beijei, ele correspondeu, depois de algum tempo, Rodolfo para o beijo, tranca o quarto, vem para perto de mim e eu falo:
- Como sempre você entendeu errado, pode abrir essa porta.
- Eu entendi tudo, você sente algo por mim, somos casados, isso é uma coisa normal.
- Isso foi você que disse, mas e você o que sente por mim?
- Vamos falar sobre isso outra hora, agora vamos terminar o que começamos.
- Não vamos terminar nada, responde minha pergunta primeiro.
- A verdade?
- De preferência.
- Eu não sinto nada por você.
- Ok, já esperava por essa reposta, agora por favor abre a porta que eu quero sair.
- Tá bom.
Ele abre e eu saí. Eu não esperava essa reposta dele, achei que rolava algo entre a gente, só não entendo o porquê dele ter brincado com os meus sentimentos, mas eu não vou chorar por ele, vou seguir em frente como sempre faço.
Já está no finalzinho da tarde, começo a me arrumar para o casamento, coloco o vestido, faço uma maquiagem bem bonita e estou pronta. Desço para a sala porque Rodolfo já está me esperando, quando ele me vê diz:
- Nossa, você está linda.
- Obrigada, já podemos ir para acabar logo com essa palhaçada?
- Claro.
Fomos para o carro, pegamos a estrada, então ele disse:
- Vamos repassar tudo, você lembra quem é quem?
- Sim, lembro.
- E como nos conhecemos?
- Em uma das suas visitas a minha cidade, você esbarrou em mim, depois acabei prestando um serviço pra você e começamos a sair.
- Por que ninguém sabia do nosso relacionamento? E por que casamos tão rápido e sem ninguém saber?
- Porque não queríamos pressão e nós estávamos muito apaixonados.
- Perfeito.
No restante do caminho não falamos nada. Agora já estamos na porta do buffet...

Prisioneira de um fazendeiro Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu