Cidade

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Rodolfo
Pego o helicóptero, em algumas horas já estou na casa dos pais da Marta. Chego, sou muito bem recebendo, todos me dão às boas vindas e eu já vou logo falando:
- E aí, a senhora já pensou em alguém?
  A mãe dela responde:
- Sim. Inclusive já liguei para algumas pessoas porque a maioria dos nossos parentes, conhecidos mora aqui ou em cidades vizinhas. Mas eles não sabem nada dela.
- E os que não moram por aqui?
- Só tem umas três pessoas. Minha irmã Elvira, a vó dela e um tio.
- Você já falou com algum deles?
- Ainda não, mas a Elvira já pode ser eliminada porque é praticamente impossível que ela esteja lá.
- Por quê?
- Porque faz muitos anos que não temos contanto com ela, tenho quase certeza de a Marta nem deve se lembrar dela e muito menos onde ela mora.
- Nós temos que apostar em tudo, é longe daqui?
- Bastante, mas vou ligar pra ela, se a Marta tiver lá com toda certeza iremos saber.
- Ok então.
  Ela faz diversas ligações, eu fico a observando com o coração aflito e ao mesmo tempo cheio de esperança. Depois de um tempo ela vem em minha direção e eu falo:
- E aí?
- Nada, ninguém sabe ou viu ela.
- Não é possível, alguém tem que saber de alguma coisa.
- É, mas infelizmente ninguém sabe.
- Eu vou ligar para o André, vê se ele descobriu alguma coisa na tal rodoviária.
- Faça isso mesmo.
...
Marta
Estava conhecendo a casa da minha tia, quando o telefone toca e ela vai atender. Eu continuo passeando pela casa, até que depois de alguns minutos ela aparece e diz:
- Era sua mãe no telefone.
- Sério? O que ela disse?
- Perguntou se você estava aqui, falou que ela está super preocupada com você, que seu marido viajou até a lá em busca de notícias suas.
- Agora entendi o motivo da " preocupação" porque o Rodolfo está lá, só por isso. E o que a senhora disse?
- Falei que era impossível você estar aqui, já que faz muitos anos que não tínhamos nenhum tipo de contato, até fingi estar surpresa com a ligação dela.
- Ótimo tia, ela falou  mais alguma coisa? Queria saber como Rodolfo está.
- Não falou mais nada. Pelo visto você gosta do moço e pra ele vir te procurar também deve gostar muito de você.
- Eu não gosto dele, eu o amo, mas existe muita coisa envolvida.
- Quando existe amor tudo consegue ser resolvido.
- Nem tudo tia. Mas vamos mudar de assunto, a minha mãe não desconfiou de nada, então estou segura.
- Sim minha querida.
- Amanhã mesmo vou em busca de um emprego.
- Não precisa ter pressa meu amor.
- Claro que precisa tia, não posso ficar aqui sem fazer nada vivendo às suas custas.
- Fique despreocupada com isso. Agora eu preciso ir, mas vou mandar o Daniel pra ficar aqui te fazendo companhia.
- Não precisa tia.
- Claro que sim. Ele vai te levar pra conhecer à cidade.
- Se ele tiver os afazeres dele não precisa, não quero incomodar ainda mais.
- Você não nunca irá incomodar, deixa de bobagem. Agora vou lá, até mais tarde sobrinha.
- Até tia.
Eu vou tomar um banho, depois do meu banho tomado, escuto alguém batendo na porta...


Prisioneira de um fazendeiro Where stories live. Discover now