10 | the purest and most sincere act of love

1.4K 140 75
                                    

para todos os leitores que me acompanham a tempos e aos que chegaram agora: meu muito obrigada, eu amo vocês, aproveitem o capítulo.

para todos os leitores que me acompanham a tempos e aos que chegaram agora: meu muito obrigada, eu amo vocês, aproveitem o capítulo

Oops! Questa immagine non segue le nostre linee guida sui contenuti. Per continuare la pubblicazione, provare a rimuoverlo o caricare un altro.

10. o mais puro e sincero ato de amor

MAREESA DALLAS


Ninguém está pronto para morrer, isso é um fato. Quando vemos a morte em nossa frente, sempre imploramos como crianças por nossas vidas, queremos viver, mesmo já mortos por dentro.

É irracional a vontade que sentimos em continuar respirando, sobreviver não importa a circunstância. Priorizamos nossas vidas, mesmo em situações extremas, buscando formas para nos agarrarmos a ela. No entanto, quando eu digo que esse mundo é cruel, digo que ele me puxou para a beirada de um penhasco sem eu ao menos perceber e, quando vi, já não ligava em estar viva.

Desistir de viver porque você não suporta a dor e o vazio que preenchem seu peito é, no mínimo, triste. Sei disso, pois já cheguei ao limite desse penhasco, senti o vento batendo em meus cabelos, a sensação clara de que um passo eu me livraria de todas as coisas ruins que carregava em minha alma. Eu não me importava mais, por isso decidi pular, mas Alec me salvou da borda, me puxou com todas as suas forças para longe dela.

Anos depois, em noites que não consigo dormir por conta de meus pensamentos, eu ainda consigo ouvir a minha voz no fundo daquele penhasco, a voz da Mareesa que eu precisei sacrificar para que essa continuasse viva e ela pede para que eu desça e me junte a ela. Seu pedido é claro: eu sacrificar uma parte minha não muda o fato de que estou vazia por dentro.

Esse vazio me consome dia após dia. Provavelmente está me consumindo enquanto penso isso e irá me consumir enquanto tomo as próximas decisões em minha vida.

Porém, mesmo sabendo das consequências de meus atos, das consequência de camuflar aquilo que sinto, eu continuei de pé. Por Alec, Peter, Celeste e Hannah. Eu continuei caminhando, mas eu ainda lembro.

Lembro do chão gelado ao qual fui jogada, de como meu corpo implorou por socorro, por alguém para me ajudar. Lembro de como minha voz rouca implorava para ser ouvida, no entanto, tudo que eu podia ouvir era o grito das mulheres e crianças, da porta sendo fechada, da tosse seca saindo de minha garganta. Era tão frio, eu desejava a morte.

E quando se está tão perto do penhasco, se livrar dele não será possível sem que você perdoe aquilo que mais te destruiu: sua própria mente.

...

Minha mente nunca desliga. Sinto que estou o tempo todo ligada, mesmo com os olhos fechados. Meus pensamentos passam por minha cabeça em uma velocidade muito alta, mal consigo os acompanhar, mesmo que saiba o que cada um deles me diz. Penso nas coisas que fiz no passado e no que estou fazendo no presente, nas atitudes que tomei e naquelas que deixei de tomar. Na forma como não planejei as coisas que disse e como essas palavras podem ter sido interpretadas por meus amigos próximos ou até mesmo àqueles que vi apenas uma vez.

SIX FEET UNDER → carl grimesDove le storie prendono vita. Scoprilo ora