Cidade do Sobrenatural: O Híbrido

Capítulo 18

—  Nós ficamos pelo menos 1 ano e meio procurando peças de moto, tentamos ao máximo não levantar suspeita, só que Jamie acabou descobrindo, mas ele acabou nos ajudando. Enfim, nós descobrimos como montar a moto, guardamos alimentos e por fim escolhemos um dia para ir embora. Até o dia em questão tudo ocorreu certo. Na noite da fuga, eu consegui levar a moto até a estrada sem ninguém notar, e a escondi a alguns metros do fim do acampamento, por fim eu fui me encontrar Com a Cami.

Tudo estava saindo como o planejado, a segurança está em menor número e eu por ser filha do 'big boss' ninguém dava a mínima, por acharem que eu nunca iria fazer nada além das expectativas deles. Coitados. Cami e eu caminhávamos lado a lado como tínhamos feito nos últimos meses, para que quando fizéssemos isso hoje, ninguém suspeitaria. Chegamos nos limites do acampamento e faltava apenas alguns metros para chegarmos onde eu havia escondido a moto.

Escutei o uivo de um cachorro soar bem próximo.

— Elas estão ali! —  escutei uma voz bem familiar gritar.

Era a voz de Jamie. Ele havia nos entregados.

— Corre! —  disse para Cami.

Assim ela o fez, demorei alguns segundos para fazer o mesmo, porque um novo plano havia se formado na minha cabeça, se nós duas não saíssemos juntas, ela iria sozinha, porque eu iria dar cobertura para ela.

Cami alcançou a moto e já a ligou e se preparou para partir, eu estava logo atrás dela, mas nesse momento eu senti algo atingir minha lombar, era uma faca, eu soltei um gemido de dor e apenas olhei uma última vez para Cami

— Vá! Não pare para nada! Eu dou um jeito de te avisar que está tudo bem!

— Eu não vou te deixar para trás!

— Vai embora Cami! — praticamente gritei e pude escutar passos bem próximos a nós.

—  Eu vou mandar ajuda de NYC —  ela prometeu —  Não importa oque me custe.

Assim que Cami acelerou com a moto, eu me virei para os seguranças que vinham correndo, puxei a faca que estava cravada em mim e a observei, era a faca de Jamie, ele havia me traído ao contar ao meu pai e me traído mais ainda ao me acertar com essa merda. Vi Jamie se aproximando e joguei a sua faca de volta para ele, pouco me importando onde iria o atingir.

— Qual a merda do problema de vocês? — Gritei assim que vi a faca atingir Jamie de raspão. — Eu estava em uma perseguição aqui!

Que comece a atuação.

— Que filho da puta! — Olivia soltou.

Dei uma risada.

— Naquela noite, tive que falar com meu pai, e inventar toda uma história que eu não estava fugindo com Cami e que muito menos o iria trair, e todo esse blá, blá, blá. Ainda tive que falar que Jamie tentou me matar. — Solto uma risada. — Meu pai não acreditou, só pelo fato de que nós dois éramos próximos.

"Nessa mesma noite meu pai me fez lutar com ele, ele estava pouco se importando que eu tinha ferimento, mas aquele dia foi a primeira vez que eu consegui vencer ele, ele dizia o quanto estava orgulhoso disso, mas eu podia ver nos olhos deles o quão puto ele estava por perder; eu sempre soube que ele odiava perder, mesmo em uma situação "amigável"

— Pelo amor de deus — Olivia disse e eu arqueei a sobrancelha. — diz que você meteu a porrada no Jamie?

Dei risada da expressão de Olivia.

— Claro que sim! Até hoje ele tem a marca da faca que passei no rosto dele — dei de ombros. — Ele tentou me pedir desculpa varias vezes, mas eu nunca as aceitei. Depois do que ele fez, eu me isolei de todo mundo, eu fazia o que tinha que fazer e continuava passando pessoas ou criaturas pelo acampamento. Um tempo depois eu consegui que duas mulheres que vinham para cá levasse um recado para Cami. Sei que elas entregaram porque algumas semanas mais tarde ela me mandou a minha moto, junto com um tal de Brendon, na qual até hoje eu não descobri que criatura ele era.

Vi Olivia fazer uma careta como se também desconhecesse qualquer criatura com esse nome.

— Enfim, deve ter notado que eu demorei praticamente 3 anos para vir para cá, mas basicamente é isso. — Murmuro.

— Não é "basicamente isso" — Olivia faz aspas no ar. — você me contou muita coisa, você passou por muita coisa. — Vi Olivia sorrir com carinho e me abraçou em seguida.

— Eu só não quero que você me trate diferente, só porque sabe o que aconteceu. — Retribuo seu abraço.

— Pode ter certeza que isso nunca vai acontecer.

— Muito obrigada. — Sorrio. 

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