[11] Cersei

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" O tanto que meu coração palpita, eu me preocupo. O destino está com inveja de nós. Assim como você, eu estou tão assustado. Quando você me vê, quando você me toca. "

[ Serendipity - BTS ]

aviso : contém cena um pouco mais erótica que o costume.


— O que seu pai e minha mãe fazem naquele carro?

Meus olhos se arregalaram imediatamente, já minha mente se fechou. Meu olhar passeou por todo terreno em busca do então carro, estreitando minha vista — de acordo com a falta de luz —  para finalmente, enxerga-lo.

E finalmente meus olhos puderam ver o que minha mente já esperava.

Senhor Park — meu pai — e Senhora Jeon — mãe de Jungkook. Provavelmente discutindo sobre nosso tão recente relacionamento. Eu sabia, que iria me deparar com uma situação como essa em algum momento. Mas, não esperava que meu pai compraria esta briga.

Jungkook me olhou, novamente, parecendo não entender o que acontecia diante de nossos olhos. Eu agradeci aos céus, silenciosamente, por essa dádiva. Não queria que ele soubesse o quanto minha mãe o desdenhava, ainda que não me importasse em receber o mesmo da sua, que estava à alguns passos de nós.

Senhora Jeon nunca tentou esconder seu desprezo por mim. Mas, também nunca chegou ao ponto de se dirigir a minha pessoa desta forma. Porém, eu sabia das acusação que a engenheira fazia contra mim. Eu nunca liguei, porque ainda que nós  não tivéssemos nada — mesmo que eu ainda não soubesse o que tínhamos — Jungkook bastava para mim. Sua mãe nunca importou.

A mulher já visitou inúmeras vezes minha casa, reclamando de todas as vezes que eu me aproximei de seu filho. Seus xingamentos variavam sobre minha índole e classe social. O que sempre me intrigou, foi o fato da falta de denúncias de minha mãe contra ela.

Park Chaeyoung  — minha mãe — era uma ótima advogada, me admira o jeito que praticava sua profissão com tanta maestria. Diria, que minha mãe mandava naquele tribunal. Surpreendente, com apenas 7 anos de carreira era uma das advogadas mais renomadas de nossa região. Todos os dias, me perguntava os motivos da nossa situação financeira, que na verdade não é nada má, mas creio que diante das circunstâncias e possibilidades, poderia ser muito melhor.

Com todas essas informações em mente, meus olhos vacilavam entre Jungkook e a cena diante de nós. Eu não sabia o que dizer, e claramente ele não sabia o que acontecia. Naquele instante, eu entendi o que sempre ouvi de meu pai : a consciência é irreversível.

— E-eu não sei — menti — talvez tenham se encontrado por acaso, Jungkookie.

Por acaso? — virou seu corpo todo pra mim, desta vez sussurrando, para que não fôssemos descobertos — Você não acha isso estranho?

— Sabe o que eu acho? — percebi seus olhos curiosos aguardando resposta — Que deveríamos sair daqui o mais rápido possível, antes que nos descubram.

Com um pouco de dificuldade, o convenci a deixar o parque — e consequentemente nossos pais. Ainda, que eu soubesse que ele não deixaria essa história completamente.

E naquela quase madrugada, corremos juntos outra vez, como rebeldes sem causa.

Nos beijamos, às escondidas, como criminosos na noite.

E vivemos nosso amor, como versos do mais belo entre os poemas.


1 mês depois

When it Comes to You • jjk + pjmWhere stories live. Discover now