28 × um alvarez precisar ter paciência

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Simon Alvarez

Ela pisca os olhos incrédula e surpresa de me ver. Logo seu rosto fica corado e Marcos olha para trás. Após não achar nada estranho ele se vira de novo tocando a mão dela.

Ambar levanta rapidamente jogando o guardanapo na mesa e vindo em minha direção. Antes de falar algo ela me pega pela mão, abre a porta do restaurante e sai me empurrando.

-O que você está fazendo aqui?

-Eu vim te ver.

-Mas eu não quero te ver!

-Sua mãe me mandou aqui, Ambar. - a menção de Sheron faz seu rosto ter uma afeição preocupada.

-Ela ta bem? Não seria possível ela estar mal. Acabei de conversar pelo telefone... ela te contou onde eu estava? - Ambar pergunta raivosa.

-Contou e fez bem. Além de te puxar para Buenos Aires ela pediu para eu te entregar uma coisa.

-Cade? Me dá essa coisa e vai embora.

-Está no apartamento que eu estou ficando.

-Onde você está morando?

Aponto para o prédio ao lado e Ambar arregala os olhos e sua face fica mais vermelha do que antes. Seus olhos azuis transmitem raiva.

-Não. Você não esta falando serio. Minha mãe é uma Judas! - ela berra. -Você vai me dar o que ela pediu e sumir de Paris, okay?

-Não. Não esta Okay! Eu não vim apenas por você, Benson!

-Então porque esta aqui, além de querer me encher?

-Est-ce que tout va bien? Qui est-il, mon amour? - Marcos chega até nós e se infiltra atrás de Ambar, abraçando a cintura dela.

-Oui, je vais bien. - Ambar responde com carinho.

-O que o idiota do seu namorado disse? - ela arregalou os olhos ao me ouvir.

-O idiota perguntou se ela estava bem. E se você estava incomodando ela. Parece que eu estava certo, pois deixar a minha namorada conversar com um cretino na rua não foi uma boa opção.

-Mon amur, está tudo bem. Eu conheço ele. Estamos apenas conversando.

Eu queria quebrar a toda a cara daquele bonequinho de plástico. Ele que me aguarde, ou melhor, o rosto dele que aguarde.

-Quer que eu fique aqui com você? - Marcos perguntou recebendo um carinho no rosto das mãos de Ambar.

-Pague o restaurante e depois vamos para o apartamento, acho que precisamos descansar. O evento de ontem foi intenso.

Meu estômago embrulha ao entender o duplo sentido da frase de Ambar.

-Tudo bem. - ele beija a bochecha dela e me olha raivoso. Logo vira e entra no restaurante com o rabinho entre as pernas.

-Será que podemos falar do que você quer mais tarde? Marcos vai visitar os pais hoje e como eu não estou me sentindo muito bem, eu não vou.

-O que aconteceu?

-Nada demais. Apenas vamos acabar com isso logo. Seis está bom para você?

-Tenho um encontro. - disparo e ela abaixa a cabeça.

-Mas já? Quanto tempo está em solo europeu? Uma hora?

-Não te interessa. Eu vou no seu apartamento depois que voltar do encontro. Me mande por mensagem.

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