[03] cantando para a lua

371 57 20
                                    

"Viver a vida atento ao que diz
No fundo do peito o seu coração
E saber entender
Os segredos que ele ensinar"

– Brisa do Mar,
Chico Buarque.

|🍒|

Naquela mesma noite, depois de Jimin e Taehyung terem chegado em casa em poucos minutos de caminhada, o jantar estava sendo preparado pela avó de ambos os garotos.

O sorriso que contornou os lábios de Jimin no hall de entrada ao sentir o cheiro delicioso da comida da Sra. Kim e a expressão animada de Taehyung foram essenciais para que a mais velha se sentisse feliz e sorrisse também. Assim que ambos pisaram dentro de casa com os olhos brilhando em fome e alegria, o aviso que a senhora lhes deu foi para que tomassem banho antes de jantarem, por conta do calor excessivo e da areia da praia que, por causa do vento, ficava impregnada na pele.

Os dois resmungaram brincalhões por terem que tomar banho antes de jantar, alegando estarem "morrendo" de fome.

Logo após um de cada vez adentrar o banheiro para enfim se banhar, Taehyung foi para sala e Jimin foi para o quarto que dividia com ele pegar seu ukulele e, assim que voltou à sala, colocou o instrumento em cima do sofá.

Quando voltou para a cozinha, viu seu tio, sua avó e Taehyung já colocando comida em seus devidos pratos.

— Poxa, nem a vó me esperou. — brincou, sentando-se à mesa junto a eles e pegando um prato. Sua avó riu junto a si.

As conversas rolavam à mesa, fofoca sobre a vida dos outros e boas risadas eram o que não faltavam. Ora, não tinha nada de mais, todo mundo fazia uma fofoquinha de vez em quando. Era cômico para Jimin ouvir sua avó falar sobre as coisas que aconteciam por ali, já que na cidade não acontecia muita coisa interessante.

Sua avó falava sobre o vendedor descarado que aumentou os preços dos tomates e os vendia azedos na feira; da vizinha que brigou feio com o marido por ter batido seu carro e dos pestinhas que haviam quebrado a vidraça de uma janela. Até seu tio, Kim Hyun Shik, que era mais calado e quieto, ria do que a idosa falava. Era realmente engraçado o jeito como ela contava.

— Aquele vendedor, viu, ô sujeitinho sem vergonha... — a idosa negou com a cabeca e estreitou os olhos pequenos com leves rugas no canto. — Eu nem digo onde eu quero que ele bote o preço daqueles tomates podres! — e as risadas ecoaram, inclusive da contadora da história.

Todos contaram como foi seu dia. Jimin contou que conheceu uma pessoa interessante na sorveteria, escutando a risadinha sapeca de Taehyung. O Kim acabou só por ficar sorrindo enquanto observava Jimin atentamente, levando os hashis com a comida até sua boca e com o pensamento em alguém bonito que também conhecia.

— Uh, esse alguém é bonitinho, é? — Sra. Lin perguntou curiosa.

— Sim — o loiro respondeu sorrindo.

— Você não perde uma, né, Jimin!? — Hyun Shik perguntou retoricamente e todos à mesa gargalharam baixo e bem humorados.

Assim que terminaram a refeição, os três homens limparam a mesa e lavaram os pratos, enquanto a senhora se sentava em sua cadeira de balanço. Jimin tomou um chá de hortelã com sua avó enquanto assistia a uma novela, tendo Taehyung deitado no sofá com as pernas em cima de suas coxas, enquanto Sra. Lin se balançava na cadeira confortável, apenas para descansar a janta muito bem aproveitada em família. Hyun Shik não gostava muito de novela e teria que acordar cedo para trabalhar, então decidiu deitar-se de imediato.

119 Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin