[DEGUSTAÇÃO] Dona da Máfia - SOPRATUTTO LIVRO 3

Capítulo 1 | Giovanna

Boa tardeeeee, calos lindos do meu coração! Povo cheiroso, inteligente, gostoso... Nem deu pra sentir falta, né? Eu nem fiquei muito tempo longe com a Soprattuto.

Tentarei dar o meu melhor nesse livro da Gio porque ela é alguém que merece ter a história mais foda de todas. E espero que vocês gostem 💕 Preparem o coração!

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GIOVANNA

Não foi fácil deixar a Itália para trás num momento tão triste. Por mais que tivéssemos esperado bastante para retornar à Nova York, o coração ainda pesava em saber que mamma, Carlo e Elora estariam sozinhos naquela casa enorme. Agora, mais do que nunca, minha sogra sofreria pela ausência de Enzo e a distância de Pietro. Ela se esforçava dia após dia para superar e voltar a ser a mulher de antes, aquela que iluminava qualquer ambiente e servia de inspiração para muitas. Ela era uma rocha, mas agora, possuía várias rachaduras. Perder um filho deve ser a pior dor do mundo.

Pietro havia retomado a rotina com as responsabilidades que o controle da Invictus o conferia, além do fato de que seu poder aumentava cada vez mais sobre a cidade e regiões adjacentes. Também sabia que ele estava usando o trabalho para ocupar a mente, sua forma de superar a morte do irmão, por isso, eu fazia o possível para apoiá-lo e incentivá-lo em tudo que decidia fazer.

Também retomei minhas sessões de terapia com a doutora Russo e na primeira consulta ela teve bastante trabalho. Minha vida pessoal e os segredos que a envolviam não era nenhuma novidade para June Russo, uma ítalo-americana que possuía ligação com a Soprattuto e me proporcionava desabafar tudo que era necessário. Por isso ela já me esperava com uma caixa de lenços quando cheguei no consultório, mas eu não os usaria.

— Onde você gostaria de estar agora, Giovanna? — perguntou ela em algum momento em que me desliguei e passei tempo demais olhando pela janela.

A doutora Russo era uma morena baixinha e de longos cabelos negros, devia ter no máximo quarenta anos e sabia me despir emocionalmente muito bem. Ela esperou pela minha resposta com os lábios franzidos e a caneta rolando entre os dedos, enquanto eu pensava na sua pergunta.

— Acho... — Cocei minha testa, tentando escolher uma resposta. — Acho que em qualquer lugar onde minha família estivesse.

— Sua família além de Pietro? — Assenti. — Quem eles são? Sua sogra, seu pai...

— Elora e Carlo, que também considero da família.

— Então, com exceção de Pietro, as pessoas que você ama estão todas na Itália?

— Pode-se dizer que sim — respondi, pensativa, mas logo me consertei. — Tenho amigos também, tem a Susan que mora aqui.

June Russo balançou a cabeça em concordância, pois ela já tinha me escutado falar muito de Susan. Minha amiga tinha sido uma pessoa importante demais durante minha adaptação a essa nova vida nos Estados Unidos. Não teria sido a mesma coisa sem ela, eu estava ciente disso.