Capítulo 11

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Era madrugada e levantei para ir ao banheiro, ao voltar para o quarto, observei Ian dormindo tranquilamente, seu corpo esticado em minha cama, o braço com a tatuagem estava sobre meu travesseiro, eu poderia ficar admirando aquela visão por horas sem me cansar, tentei organizar minha ideias e tudo que acontecia ali, acabamos de fazer amor, sim não foi um somente sexo, não foi somente luxuria, isso era ótimo e não queria perder, mas o que tivemos ali, naquele momento, foi algo diferente, novo, tanto para mim, como para ele e eu acreditava nisso, acreditava em Ian, mas havia tantos empecilhos, o clube era um deles, como contaria para ele meu segundo trabalho? Como estaria amanhã para uma apresentação depois de tudo isso?

Eu não achava uma saída, fiquei perto da janela observando a noite não totalmente quieta, pois a vida noturna de KC era vinte e quatro horas de movimento, estava tentando organizar as ideias, senti sua aproximação. Ele colocou as mãos em minha cintura, sem me virar para ele comecei a falar.

−Foi tão...

−Perfeito. - ele completou.

−Perfeito até demais. - Ian colocou seu queixo em meu ombro e fitou a cidade como eu.

−E isso é ruim? –ele perguntou suavemente

−Não! –afirmei.

−E porque tenho a impressão que a senhorita não gostou. –sua forma mais gentil de falar me deixava abalada e confusa, mesmo depois de tudo aquela pequena duvida martelava meus pensamentos.

−Eu amei, isso foi à melhor coisa que tive em toda a minha vida. Só que é irreal demais.

−Sweet Naty, eu te prometo, nunca vou te magoar. –o apelido tão singelo era a torcida da faca que eu carregava em meu peito por ter de mentir para ele.

−E tem mais, - resolvi soltar a bomba logo. -Eu estou triste, pois não poderei ficar com você amanhã à noite.

−Por quê?- Ele se colocou ao meu lado eu encarei o momento que Ian arregalou os olhos perplexos.

−Eu prometi para July que amanhã eu ficaria com ela. – menti.

Ian continuou a me encarar, seu olhar mais triste me fez sentir a dor mais profunda no peito, eu quase estava voltando atrás em minhas palavras quando ele sorriu.

−Não posso exigir de você que abandone sua vida, entretanto irá me dever uma noite de muito sexo em minha próxima visita. –o sorriso malicioso de Ian era o estopim para a luxuria, não importava o quanto ele conseguisse ser doce e romântico, ele ainda era Ian Smicht.

Suas mãos envolveram minha cintura e eu logo me entreguei a sua forma de descarregar a frustração que ele estava, por mais que ele não revelasse, eu sabia que o afetava, em parte eu me senti lisonjeada pelo fato dele dar tanto valor a nosso tempo juntos.

(***)

Pela manhã acordei com Ian sentado ao lado da cama com um copo de café em suas mãos.

Adorável DançarinaWhere stories live. Discover now