Bernardo estava apreensivo, pois Bárbara já entrava no oitavo mês de gravidez e a barriga dela já estava enorme, o bebê começava a mexer cada vez com mais frequência e isso poderia desmentir o que ele havia dito sobre a criança ter morrido.
Bárbara: Que foi, tio?
Bernardo: Me preocupa o seu bebê estar mexendo tanto, assim o Artêmio e o Gonçalo vão acabar descobrindo que eu menti e será o meu fim, se isso acontecer você ficará novamente sozinha. (Preocupado).
Bárbara: Não se preocupe, o Dadinho é bonzinho, ele só se agita quando estou eu e ele sozinhos ou então somente na sua presença. (Acaricia a barriga).
Artêmio apareceu no quarto e deu ordens pra Bernardo acompanhar Bárbara até o jardim pra ela tomar sol depois de tanto tempo presa.
Bárbara: Como é bom poder sair e respirar ar puro. (Sorri).
Bernardo: Mandei mensagem pro seu marido avisando que está tudo bem com vocês, ele disse que está procurando por você e não vai parar até encontrar. (Diz disfarçadamente).
Bárbara: Obrigada, não sei o que seria de mim se não tivesse você ao meu lado me ajudando a suportar tudo isso. (Diz também disfarçando).
Logo eles entraram novamente e Bárbara ficou trancada no quarto sem comer, até que Gonçalo apareceu com o chicote em mãos.
Gonçalo: Falei com o Artêmio e ele permitiu que eu te dê algumas chicotadas pra me vingar das humilhações que você me causou, maldita hiena. (Irritado).
Bárbara: Por favor não. (Olhos marejados).
Gonçalo fez Bárbara ficar de joelhos e rasgou as costas do vestido, foram mais de dez chicotadas, depois de receber as mesmas ela se contorcia de dor na cama e Bernardo foi vê-la.
Bernardo: Não se preocupe, vou cuidar desses machucados. (Sério). Me perdoe por não ter feito nada.
Bárbara: Tudo bem, eu sei que o senhor não pode se arriscar ou pode acabar sendo descoberto.
As costas dela tinham cicatrizes da primeira vez que foi chicoteada e agora teria mais das mesmas, Bernardo sofria de ver a sobrinha sofrer, mas não podia fazer nada, pois do contrário seria morto e Bárbara ficaria sozinha nas mãos de Artêmio e Gonçalo.
