Aquele do Traje

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Eu mal consegui pregar os olhos à noite depois da minha descoberta

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Eu mal consegui pregar os olhos à noite depois da minha descoberta. Será mesmo que era o Peter? E se for o Ned? A aranha fez com que meu metabolismo acelerasse, vai que aconteceu o mesmo com o Ned e do dia pra noite perdeu toda a gordura do seu corpo, por isso não foi a aula ontem. Ou então, é o Peter. Parte de mim não queria que eu aceitasse, possivelmente, Peter tenha sido picado também, e eu não tinha noção do porquê.

Encarava o relógio que ficava do lado da minha cama, faltava um minuto para seis e eu estava sem ânimo nenhum para sair da minha cama quentinha.

Além da idéia de ter outra aranha-humana presente no mundo, o que me deixa triplamente ansiosa, eu fiquei acordada a noite toda bolando meu traje. Nada de ferro e esferas que atiram lazeres. Seria uma coisa mais discreta, coladinha no corpo e, quem sabe, com as cores preto e branco.

O alarme soou e fiz questão de joga-ló longe. Passei no banheiro, fiz minha higiene e coloquei uma roupa qualquer. Passei na minha oficina para ver se não tinha nada que comprometesse meus novos projetos:

– Teremos visita hoje, Yellow. Então, não diga nada sobre meus últimos projetos e nenhuma pesquisa relacionada a aranha. - disse.

– Positivo.

Saí da oficina e desci as escadas bocejando, com certeza dormiria em alguma aula.

– Parece que alguém não dormiu muito bem - disse minha mãe quando me viu sentando na mesa do café da manhã - Bom dia, querida! - falou com um sorriso.

– Bom dia, mãe. Pai. - bocejei novamente e comecei a me servir.

– Como está o peso? - indagou quando viu eu pegando um bacon e colocando direto na boca.

A única coisa que eu detesto no esporte que eu faço são as maldita das categorias de peso. Odiava ter que controlar para não estourar o peso e lutar com meninas triplamente mais fortes que eu. Ponto positivo da picada da aranha: nunca mais segurar peso.

– Três quilos abaixo, acredita?! - falei e esbocei o melhor sorriso que consegui.

– Sei...

– Mãe, acredita em mim, vai dar tudo certo, né pai? - olhei para ele e o mesmo estava mais perdido que cego em tiroteio. Parecia preocupado e bravo ao mesmo tempo, odiava ver ele assim, sempre vinha algo ruim quando ele estava daquele jeito - Pai?

– Desculpa, do que estamos falando? - acordou do seu transe e olhou para mim e depois para a mamãe.

– O que aconteceu com você? - indaguei com medo da resposta.

– Tony só está cansado, filha, não se preocupe - respondeu minha mãe.

– Pai...

Ele respirou fundo e olhou para mim:

– Por que não me contou que estava namorando? - perguntou com raiva.

– Como é que é? - ergui as sobrancelhas desacreditada - de onde você tirou isso?

Amor Em Teias: Anastásia e PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora